VITORINO FREIRE, 30 de setembro de 2024 – O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, está articulando a candidatura de Ademar Alves Magalhães, mais conhecido como Fogoió, motorista da família, à prefeitura de Vitorino Freire (MA).
Com a atual prefeita, Luanna Rezende, irmã de Juscelino, no fim de seu segundo mandato, Fogoió foi escolhido para sucedê-la e manter o controle da cidade.
Relação de longa data Fontes afirmam que Fogoió, antes adversário político da família Rezende, passou a integrar o círculo de confiança de Juscelino Filho na adolescência do ministro.
Ele transportava o ministro para eventos sociais e vaquejadas no interior maranhense, além de atuar como segurança. A partir de 2004, Fogoió entrou para o funcionalismo público, e, de 2015 a 2019, serviu como secretário parlamentar de Juscelino na Câmara dos Deputados.
Candidatura de confiança Em 2023, Fogoió foi nomeado secretário de Infraestrutura e Transportes de Vitorino Freire. Sua candidatura tem o apoio de 12 dos 13 vereadores da cidade, além de Juscelino e Luanna.
No entanto, a escolha gerou surpresa em parte da família Rezende. O tio de Juscelino, Stenio Rezende, criticou a decisão e declarou apoio a Cyreno Rezende, outro candidato e também membro da família.
Além de Fogoió e Cyreno, o candidato Ribamar Filho também concorre à prefeitura. Cyreno pediu a impugnação da candidatura de Fogoió, alegando falsificação de documentos escolares.
A Justiça Eleitoral, no entanto, validou a candidatura de Fogoió, aceitando sua carteira de habilitação como prova de alfabetização.
A família Rezende tem uma longa história política em Vitorino Freire, que remonta à década de 1970. O pai de Juscelino foi prefeito por dois mandatos consecutivos, e a atual prefeita, Luanna, tem seu nome em um bairro e no Parque Haras Luanna, uma propriedade que promove vaquejadas.
Recentemente, o haras foi alvo de investigações da Polícia Federal por suspeita de irregularidades com dinheiro público.
Acusações e investigações Juscelino Filho está sendo investigado por desvios de verbas públicas relacionadas à pavimentação de ruas em Vitorino Freire.
Ele é acusado de corrupção passiva e de integrar uma organização criminosa que teria utilizado emendas parlamentares para fins ilícitos.