
MUNDO, 06 de fevereiro de 2025 – O mês de janeiro de 2025 foi oficialmente o mais quente da história global, conforme dados divulgados pelo observatório europeu Copernicus. O recorde reforça a sequência de 18 meses consecutivos de temperaturas extremas, intensificando os alertas sobre a emergência climática.
Cientistas indicam que as temperaturas em janeiro ficaram 1,75°C acima da média registrada no final do século XIX, período anterior ao impacto significativo das atividades humanas sobre o clima. A expectativa inicial era de que o fenômeno La Niña trouxesse algum alívio, resfriando os oceanos e amenizando o calor global, o que não ocorreu.
O enfraquecimento do fenômeno La Niña e o calor persistente preocupam especialistas, que alertam para a possibilidade de novos recordes de temperatura ao longo de 2025. O aumento contínuo das temperaturas é um indício claro da aceleração do aquecimento global.
Em território brasileiro, o ano de 2024 já havia sido marcado por condições climáticas extremas, afetando milhões de pessoas. Dados mostram que mais de seis milhões de brasileiros enfrentaram ao menos 150 dias de calor intenso ao longo do ano.
No total, 111 cidades registraram temperaturas acima da média histórica por mais de cinco meses.
Nenhuma região do país ficou imune ao calor extremo. Todas registraram pelo menos um dia com temperaturas excepcionalmente altas. Em Belém (PA), por exemplo, a média histórica para novembro é de 33,9°C, mas os termômetros alcançaram 37,1°C em 2024.
Esse período também superou, pela primeira vez, a marca de 1,6°C acima da média global, um nível considerado crítico por especialistas. Com o início de 2025 batendo novos recordes, cientistas alertam para a continuidade do aquecimento acelerado.