MARANHÃO, 23 de setembro de 2024 – Cerca de 70% da Terra Indígena Arariboia, no sul do Maranhão, foi devastada por queimadas, conforme relatório da Sala de Situação sobre os Povos Indígenas, monitorada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A destruição atinge um dos territórios mais vulneráveis do país, onde vivem povos indígenas isolados, o que agrava ainda mais a crise.
O documento, elaborado pelo Ministério dos Povos Indígenas, destaca que a situação é crítica, com perda significativa de vegetação. A Fundação Nacional do Índio (Funai) estuda a ativação de um plano de contingência para conter os danos e mitigar os impactos das queimadas.
Além das queimadas, a área sofre com atividades ilegais, como o garimpo, que já foi alvo de investigações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Em resposta, está sendo construída uma Base de Proteção Etnoambiental (Bape) no território para intensificar o monitoramento.
Outro foco de preocupação é a Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, onde os incêndios estão fora de controle. Relatos de ataques à Bape local levaram a Funai e a Polícia Federal a reforçarem a segurança e as investigações na região.
O relatório sugere a criação de uma Brigada Indígena para enfrentar os incêndios e proteger áreas de nascentes importantes para o estado.