ACORDO

Governo Lula planeja isentar irmãos Batista de multa bilionária

Compartilhe
Lula Batista
Ministério de Minas e Energia estuda medida para livrar a Âmbar Energia, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, de multa bilionária.

BRASÍLIA, 09 de julho de 2024 – Técnicos do Ministério de Minas e Energia estão avaliando formas de eximir a Âmbar Energia, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, de uma multa de R$ 1 bilhão.

O ministro Alexandre Silveira solicitou um acordo para que a empresa não pague integralmente a penalidade imposta por não fornecer energia emergencialmente durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

DECISÃO DO TCU

Em abril, o Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou por unanimidade o processo que tentava um acordo. Entretanto, o ministério tem autonomia para negociar independentemente da decisão do TCU.

Sem o acordo, a Âmbar Energia precisaria pagar a multa integralmente ou recorrer à Justiça, prolongando o caso por anos. O Ministério de Minas e Energia retomou as negociações discretamente para evitar controvérsias devido ao envolvimento dos irmãos Batista.

Se o acordo for firmado, será a quarta medida do governo Lula beneficiando os empresários. Joesley e Wesley Batista ganharam destaque nos primeiros mandatos de Lula e enfrentaram a Operação Lava Jato.

Com a volta de Lula ao poder, eles já obtiveram benefícios, como a autorização do Ministério da Educação para que o Instituto J&F abra uma universidade, uma medida provisória que beneficia a Amazonas Energia, e um convite para ingressar no Conselhão, grupo de empresários que aconselha o governo.

CONTRATO EMERGENCIAL

A multa de R$ 1 bilhão resultou do descumprimento de um contrato emergencial em 2021, que exigia a construção de quatro usinas termelétricas para enfrentar a crise hídrica de 2020 e 2021. A Âmbar não cumpriu o prazo, levando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a multá-la.

O Ministério de Minas e Energia acionou o TCU para uma decisão conjunta, mas a Corte arquivou o caso, deixando o ministério livre para negociar.

A Âmbar propôs substituir a energia das quatro usinas por geração em outra instalação em Cuiabá (MT). O TCU não chegou a uma solução, arquivando o processo após ouvir todas as partes.

Os ministros poderiam ter validado o acordo, mas preferiram deixar a decisão para o governo devido à repercussão envolvendo a J&F.

OUTRAS EMPRESAS ENVOLVIDAS

Seis empresas participaram do leilão (BTG, Âmbar, KPS, Tradener, Rovema e Fênix), sendo a KPS a única estrangeira. Nenhuma cumpriu os prazos, e todas foram multadas pela Aneel, com valores totalizando R$ 1,2 bilhão. A maioria já conseguiu reduzir as multas com o aval do TCU.

O BTG foi representado pelo advogado Marcus Vinicius Furtado Coelho, que afirmou trabalhar no caso para o BTG há três anos.

A Âmbar e o Ministério de Minas e Energia ainda não se manifestaram.

Compartilhe

Leia mais

Ministro polemica

RESGATE PARA CORRUPTOS

Ministro de Lula explica avião da FAB para buscar condenada
Ministro polemica

RESGATE PARA CORRUPTOS

Ministro de Lula explica avião da FAB para buscar condenada

STF Decisão

MESA DIRETORA

STF mantém tendência favorável à Iracema em disputa da Alema
STF Decisão

MESA DIRETORA

STF mantém tendência favorável à Iracema em disputa da Alema

União ministério

MINISTÉRIO DESPREZADO

União Brasil pode recusar indicação para Comunicações
União ministério

MINISTÉRIO DESPREZADO

União Brasil pode recusar indicação para Comunicações

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Propaganda

SEMINARIO DE FILOSOFIA

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.