BRASIL, 19 de março de 2024 – O governo federal encerrou o ano de 2023 com um déficit considerável de R$ 1,4 bilhão em despesas com aluguel de imóveis. Ao longo dos últimos sete anos, de 2017 a 2023, os gastos com locação de imóveis pela União totalizaram R$ 10,2 bilhões.
Esse valor representa uma alta significativa, especialmente se comparado aos anos anteriores.
O primeiro ano do governo Lula registrou um aumento considerável nos gastos com aluguel de imóveis. Essa despesa saiu dos cofres públicos para custear os diversos imóveis utilizados pela administração federal.
Após quedas nos anos anteriores, durante o governo Bolsonaro, o gasto com aluguel de imóveis voltou a subir, representando um aumento de 3,2%.
Os prédios dos Três Poderes, que abrigam as estruturas essenciais do governo, estão entre as principais despesas com aluguel. No entanto, apesar dos altos gastos, a arrecadação proveniente da locação de prédios públicos é baixa em comparação.
Nos últimos sete anos, a União arrecadou apenas R$ 11,2 milhões com a locação de seus imóveis.
Os dados divulgados pelo Painel Transparência Ativa da Secretaria do Patrimônio da União revelam que os imóveis administrados pelo governo federal estão avaliados em impressionantes R$ 1,7 trilhão.
No entanto, apenas pouco mais de 56 mil imóveis estão sendo utilizados, enquanto há cerca de 725 mil imóveis sob a gestão da União.
É importante destacar que essa distribuição não é uniforme em todo o território nacional. Em alguns estados, há um grande número de imóveis, mas com valores reduzidos, enquanto em outros, a quantidade é menor, mas os valores são mais altos.
Por exemplo, imóveis dominiais, como terrenos de marinha e marginais de rios federais, são numerosos, porém de valores baixos.
Já os imóveis de uso especial, como reservas, parques e fazendas, geralmente possuem áreas extensas e benfeitorias, sendo mais comuns em estados como Pará, Amazonas, Mato Grosso e Rondônia.