
MARANHÃO, 05 de novembro de 2025 – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) deflagrou, na manhã desta quarta (5), a Operação Acqua Alta para investigar desvio de recursos públicos na Prefeitura de Buriticupu. Segundo o órgão, o prejuízo estimado ultrapassa R$ 7 milhões.
A ação, autorizada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão, cumpriu dez mandados de busca e apreensão em São Luís, Imperatriz, Buriticupu, Presidente Dutra e Cantanhede. A operação apura irregularidades na contratação da empresa Veneza Construções e Locações Eireli pela prefeitura.
De acordo com o Gaeco, há indícios de inexecução contratual e repasse irregular de valores.
A empresa teria sido contratada para realizar obras já executadas na gestão anterior, e parte dos pagamentos teria sido transferida a servidores públicos, familiares dos envolvidos e à empresa Alpha Construções e Serviços Ltda., ligada ao prefeito João Carlos (PP).
O grupo de investigados já responde a uma Ação Civil Pública por improbidade administrativa, movida pelo promotor Felipe Rotondo, da Comarca de Buriticupu. A ação aponta supostas manobras administrativas que possibilitaram o desvio de verbas públicas destinadas a obras municipais.
A operação contou com o apoio de promotores do Gaeco de São Luís e Imperatriz, além de Polícias Civil e Militar. Também participaram promotores de Cantanhede, da 3ª Promotoria de Justiça Especializada de Açailândia e da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (CAEI-MPMA).
Os documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos durante a ação serão analisados pelo Gaeco e pelo Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD). O material servirá para subsidiar uma eventual denúncia ao Ministério Público.
O prefeito João Carlos (PP) ainda não se posicionou.







