
BRASIL, 12 de abril de 2025 – Os dados mais recentes do Banco Central revelam um aumento expressivo nas notificações de fraude envolvendo o Pix. Em 2024, a média mensal de registros superou 390 mil casos.
Apenas em janeiro, foram 324.752 notificações formalmente aceitas pelas instituições participantes do sistema — um número que já se tornou parte da rotina dos relatórios oficiais.
Desde sua implementação, em 2020, o Pix conquistou o país. E, ao que tudo indica, os criminosos também. Em 2021, primeiro ano completo de operação, foram registradas 30.892 fraudes por mês. Em 2022, esse número saltou para 136.882, e em 2023, atingiu 216.046 — até alcançar os atuais patamares de 2024.
Apesar do aumento, o Banco Central ressalta que as fraudes representam, em média, 0,007% das transações desde abril do ano passado. Em janeiro, por exemplo, o sistema realizou 5,682 bilhões de operações. A proporção, embora pequena, ganha relevância diante do volume e da reincidência dos casos.
O QUE É CONSIDERADO FRAUDE?
Segundo o manual do Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT), são classificadas como fraudes as transações iniciadas ou autorizadas sob engano, coerção ou por terceiros sem o consentimento do pagador.
Os dados consideram apenas os casos analisados e julgados procedentes — o que significa que há outros, ainda em análise ou não reconhecidos, que ficam fora da estatística oficial.