
CHINA, 24 de março de 2025 – A ex-presidente Dilma Rousseff foi reeleita para um novo mandato de dois anos à frente do Banco do Brics. A decisão teve o aval do presidente russo Vladimir Putin, uma vez que a indicação para o cargo é uma prerrogativa dos russos. Dilma assumiu o posto em abril de 2023 e teria seu mandato encerrado em julho de 2024.
Putin defendeu a extensão do mandato de Dilma ainda em 2024, apesar das sanções internacionais contra a Rússia decorrentes da guerra com a Ucrânia. O líder russo destacou que as restrições poderiam comprometer a atuação do país junto ao Banco do Brics, o que reforçou a importância da continuidade de Dilma no cargo.
A permanência de Dilma Rousseff à frente da instituição também simboliza um gesto de proximidade entre Brasil e Rússia. Há a expectativa de que Putin conte com o apoio brasileiro em futuras indicações quando as sanções internacionais contra a Rússia forem suspensas.
Em junho de 2023, Dilma encontrou-se com Putin em São Petersburgo, onde o presidente russo elogiou o progresso do banco sob sua liderança.
No Twitter/X, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, parabenizou Dilma pela recondução.
“Parabéns, presidenta Dilma Rousseff, pela recondução à presidência do Novo Banco de Desenvolvimento. Sob sua direção, o Banco dos Brics vem cumprindo importante papel no desenvolvimento de nossos países”, escreveu Hoffmann.
O Banco do Brics, fundado em 2015, tem como objetivo financiar projetos de infraestrutura e crescimento sustentável nos países-membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A presidência e vice-presidências da instituição são definidas conforme um sistema de rotatividade entre os membros fundadores.