
SÃO LUÍS, 26 de março de 2025 – O deputado federal Wellington do Curso criticou duramente o empréstimo consignado do FGTS durante discurso no Plenário da Câmara nesta quarta (26). Ele comparou o governo a um “agiota” por permitir que trabalhadores contraiam dívidas com o próprio dinheiro, guardado no Fundo de Garantia.
“Já vi agiota de todo jeito, mas agiota presidente é a primeira vez”, afirmou.
Segundo o deputado, 74 milhões de brasileiros já estão endividados, e cerca de 40 milhões consultaram a possibilidade de pegar empréstimo do FGTS, o que poderia movimentar R$ 50 bilhões. Ele destacou que, em um empréstimo de R$ 30 mil, o trabalhador pagaria 84 parcelas de R$ 982, totalizando R$ 84 mil ao final.
“É um absurdo: dinheiro do trabalhador sendo emprestado de volta a ele com juros”, disse.
Wellington alertou que o consignado compromete 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória em caso de demissão. “Vendem como benefício, mas é uma cilada. O governo ajuda bancos, não o trabalhador”, afirmou.
Ele pediu que a população não caia no que chamou de golpe, argumentando que os juros, embora baixos, incidem sobre um valor que já é do contribuinte.