
BRASIL, 29 de julho de 2025 – O volume de financiamentos para produção na construção civil registrou queda de 62,9% nos primeiros cinco meses de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
De janeiro a maio, foram contratadas 24 mil unidades, contra 65 mil em 2024. O valor total caiu 54,1%, de R$ 15,5 bilhões para R$ 7,1 bilhões, conforme levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
A economista-chefe da CBIC, Ieda Vasconcelos, atribuiu a retração à taxa Selic em 15% ao ano, maior patamar desde 2006, e à saída de R$ 49,6 bilhões da poupança no primeiro semestre.
“O crédito está caro para construtores e compradores, e os bancos priorizam financiamento à aquisição”, afirmou. Enquanto isso, os financiamentos para compra de imóveis cresceram 16,4%, com 154 mil unidades em 2025.
Apesar da queda no crédito, o setor atingiu 3 milhões de empregos formais em maio, maior número da série histórica. No entanto, a geração de vagas desacelerou: foram abertas 149,2 mil posições de janeiro a maio, 6,7% a menos que em 2024. O salário médio de admissão chegou a R$ 2.436, o mais alto entre os setores analisados.
A CBIC mantém projeção de alta de 2,3% no PIB do setor em 2025, sustentada por lançamentos anteriores.







