RIO DE JANEIRO, 19 de novembro de 2024 – O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu dois processos para investigar os gastos públicos relacionados ao Festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, apelidado de “Janjapalooza”.

O evento foi idealizado pela primeira-dama, Janja da Silva, e ocorreu no Píer Mauá, Rio de Janeiro, entre os dias 14 e 16 de novembro, como parte da programação do G20.

Os processos no TCU foram instaurados a partir de solicitações dos deputados federais Ubiratan Sanderson (PL-RS) e Gustavo Gayer (PL-GO). O ministro Jorge Oliveira será o relator do pedido de Sanderson, enquanto o ministro Walton Alencar Rodrigues conduzirá o outro caso.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, como ambos os processos abordam o mesmo tema, é possível que sejam unificados e passem a tramitar em um único gabinete.

JUSTIFICATIVAS E CRÍTICAS AO EVENTO

Sanderson argumentou que o uso de recursos públicos no festival, diante do cenário de crise econômica no Brasil, contraria os princípios de legalidade da administração pública. Empresas estatais como Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal, Itaipu e Petrobras patrocinaram o evento.

Além do festival, as estatais também financiaram a cúpula de líderes do G20 e o encontro com a sociedade civil, realizados na mesma semana. A Prefeitura do Rio, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) também apoiaram a iniciativa.