
BRASIL, 29 de março de 2025 – A carga tributária no Brasil alcançou 32,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, marcando um aumento de 2,06 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Este é o maior patamar desde o início da série histórica em 2010. O dado foi divulgado nesta sexta (28), pelo Tesouro Nacional no Boletim de Estimativa da Carga Tributária.
O resultado reflete o somatório dos tributos arrecadados pelo governo central, governos estaduais e municipais em relação ao PIB. O maior impacto veio da tributacão federal, que subiu 1,5 ponto percentual, enquanto os Estados aumentaram 0,45 ponto e os municípios, 0,12 ponto.
Entre as medidas que mais contribuíram para o aumento da carga tributária está o crescimento de 0,50 ponto percentual do PIB nos impostos sobre renda, lucros e ganhos de capital. O destaque vai para o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), influenciado pela tributacão de fundos de investimento, estabelecida pela Lei nº 14.754/23.
Além disso, a reoneração de tributos federais sobre combustíveis resultou em um incremento de 0,81 ponto percentual do PIB nas receitas com impostos sobre bens e serviços, como PIS e Cofins.
Desde o início do terceiro mandato do governo Lula, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem sido alvo de críticas devido ao aumento da carga tributária.
O ministro recebeu o apelido de “Taxxad” nas redes sociais, em referência à criação de novos impostos no Brasil nos últimos anos.