
MARANHÃO, 23 de outubro de 2025 – A BRK, companhia que atua nos setores de abastecimento de água e saneamento em 13 estados, incluindo o Maranhão, manifestou interesse em participar de uma possível privatização da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema).
A empresa, que já opera em São José de Ribamar e Paço do Lumiar, considera a desestatização da Caema uma oportunidade de expandir sua presença no estado.
Segundo informações do jornalista Daniel Matos, a nova diretora de Concessão da BRK no Maranhão, Sandra Leal, confirmou o interesse da empresa durante um almoço com a imprensa, realizado na terça-feira (21), em comemoração aos 10 anos de atuação da concessionária no estado.
Segundo ela, caso o governo estadual avance com o processo de privatização, a BRK pretende disputar a concessão. O governo do Maranhão, sob a gestão de Carlos Brandão, já contratou estudos técnicos para avaliar a viabilidade da negociação.
Sandra Leal, que assumiu o cargo há cerca de 60 dias após 26 anos de atuação no Tocantins, afirmou ter identificado uma equipe técnica qualificada na Caema.
Ela destacou o diálogo com o presidente da estatal, Marco Aurélio Freitas, e outros profissionais durante uma visita à região da BR-226, no trecho afetado pelo desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO).
No entanto, a diretora ressaltou que a companhia enfrenta sérios desafios estruturais, o que dificulta suas operações.
Enquanto o processo de privatização não é confirmado, a BRK mantém o foco em suas concessões atuais. A empresa celebra uma década de serviços em São José de Ribamar e Paço do Lumiar, atendendo cerca de 400 mil pessoas.
Desde 2015, o acesso à água tratada nos dois municípios passou de 38% para 91%, e a cobertura de saneamento básico aumentou de 8% para 45%.
A companhia projeta investir aproximadamente R$ 500 milhões nos próximos anos para ampliar as redes de abastecimento e tratamento. Entre os projetos previstos, estão sete novos centros de reservação e distribuição de água.
A BRK reforçou que continuará investindo na melhoria dos serviços locais, ao mesmo tempo em que observa a situação da Caema como possível caminho de crescimento no Maranhão.







