Brasil vai produzir menos picanha em 2026

BRASIL, 10 de dezembro de 2025 – A Confederação Nacional da Agricultura e da Pecuária projeta redução de 4,5% na produção no Brasil de carne bovina em 2026. A entidade atribui o recuo à dificuldade de reposição de animais no campo. Ao longo de 2025, o país registrou aumento nos abates, sobretudo de vacas, cujo número cresceu 45%. O ciclo produtivo do gado impacta diretamente a oferta de cortes como a picanha. A gestação de uma vaca dura nove meses e gera apenas um bezerro por vez, enquanto os touros podem fecundar diversas fêmeas no mesmo período. A substituição de matrizes, portanto, é mais lenta e pode levar anos. Com avanço tecnológico e melhoramento genético, algumas fêmeas da raça Jersey iniciam a reprodução a partir do 11º mês. No entanto, esse cenário é exceção no país. As raças mais adaptadas ao clima do Brasil são as zebuínas, especialmente o nelore, cuja maturidade reprodutiva pode chegar a três anos.
Ministro Flávio Dino mantém Antônio Américo afastado da FMF

BRASÍLIA, 10 de dezembro de 2025 – A intervenção na Federação Maranhense de Futebol (intervenção) foi mantida pelo ministro Flávio Dino nesta terça (9), quando o STF analisou a Reclamação Constitucional que contestava o afastamento de Antônio Américo. A decisão confirmou Susan Lucena como administradora provisória e preservou o afastamento de 17 dirigentes, além de determinar a realização de uma audiência de conciliação até março de 2026 para discutir os parâmetros da medida. O relator afirmou que a decisão busca equilibrar o interesse social e a autonomia desportiva, seguindo entendimento firmado na ADI 7.580. Dessa forma, ele reconheceu que a intervenção decretada pela Justiça do Maranhão ocorreu diante de indícios de irregularidades relevantes, apresentados no processo que motivou o afastamento da diretoria e a nomeação da administradora. A intervenção foi estabelecida após decisão de primeiro grau que apontou problemas na gestão da FMF e do Instituto Maranhense de Futebol. A intervenção havia sido decretada pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, que afastou diretoria e conselho fiscal da FMF e do IMF. O juízo determinou que Susan Lucena conduzisse um novo processo eleitoral em até 90 dias, ao observar sinais de inconsistências administrativas nas entidades. O ministro do STF concluiu que esses fatos justificam uma atuação estatal pontual durante a intervenção.
Aprovado PL da Dosimetria; Veja os votos dos maranhenses

BRASÍLIA, 10 de dezembro de 2025 – A Câmara Federal aprovou, na madrugada desta quarta (10), o projeto que modifica a dosimetria das penas aplicadas a crimes relacionados ao Estado Democrático de Direito. A votação ocorreu após sessão iniciada por volta das 23h, em Brasília, e contou com relatório do deputado Paulinho da Força, que apresentou regras que unificam cálculos de punição e ajustam critérios de execução penal. Foram registrados 291 votos favoráveis e 148 contrários, além da rejeição de todos os destaques. A aprovação ocorreu em um ambiente de grande debate, pois o texto aborda casos julgados pelo STF envolvendo os atos de 8 de janeiro. Após essa etapa, a matéria foi encaminhada ao Senado, que analisará o projeto antes de eventual decisão presidencial. DIVISÃO NA BANCADA DO MARANHÃO A bancada maranhense votou de forma dividida. Sete deputados apoiaram a proposta: Allan Garcês, Aluisio Mendes, Cléber Verde, Josivaldo JP, Junior Lourenço, Marreca Filho e Pedro Lucas. Além disso, quatro parlamentares votaram contra: Duarte Jr., Fábio Macedo, Márcio Jerry e Rubens Júnior. Por fim, sete estiveram ausentes: Amanda Gentil, Detinha, Josimar de Maranhãozinho, Hildo Rocha, Márcio Honaiser, Juscelino Filho e Pastor Gil. O projeto da dosimetria unifica as penas referentes à tentativa de golpe de Estado e à abolição violenta do Estado Democrático de Direito, que hoje são somadas. Além disso, ele retoma a progressão após o cumprimento de um sexto da pena para crimes não hediondos, conforme previsto no substitutivo discutido em plenário.
Braide sofre nova representação de servidor no TCE-MA e MPMA

SÃO LUÍS, 10 de dezembro de 2025 – Uma nova representação foi protocolada pelo servidor aposentado Liberalino Paiva, nesta terça (9), no TCE-MA e MPMA, para denunciar que o prefeito Eduardo Braide descumpre a Lei nº 7.729/2025 em São Luís, pois mantém o teto remuneratório antigo, mesmo após decisões judiciais confirmarem a validade da norma. O denunciante afirma que o Executivo segue aplicando o limite salarial de R$ 25 mil, embora a legislação aprovada pela Câmara e promulgada em abril tenha fixado o subsídio do prefeito em R$ 38 mil e criado um novo teto para todo o funcionalismo, com efeito retroativo a 1º de janeiro de 2025. Segundo ele, a prática do “abate-teto” ocorre de forma irregular e contraria decisões já transitadas. O servidor destaca que não existe decisão judicial que suspenda a lei. Pelo contrário, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça julgou improcedente, em 19 de novembro, a ação direta de inconstitucionalidade apresentada por Braide e declarou a norma constitucional. Dessa forma, ele reforça que a administração deveria aplicar imediatamente o novo valor. Além disso, tentativas da Prefeitura de reverter a legislação no Supremo Tribunal Federal foram rejeitadas. Ministros como Luiz Barroso e Flávio Dino negaram reclamações constitucionais e reafirmaram que a Lei nº 7.729/2025 continua válida até eventual alteração legislativa ou decisão final de inconstitucionalidade. IGNORAÇÃO DO NOVO TETO O aposentado afirma que existe omissão por parte da Prefeitura, pois outros reajustes foram implementados ao longo de 2025. Ele cita leis que aumentaram os salários de secretários municipais em mais de 70%, além de reajustes concedidos ao magistério e ao funcionalismo em geral, o que, segundo ele, demonstra seletividade na aplicação das normas. Ele acrescenta que o novo teto, que favorece auditores e diversas categorias técnicas, segue desconsiderado pela administração municipal. Dessa forma, o denunciante entende que há descumprimento da legislação que permanece vigente e já possui respaldo judicial. O documento ressalta que o cenário causa impacto direto nos servidores, já que a ausência de aplicação do teto dificulta o pagamento das diferenças retroativas determinadas pela lei, que entrou em vigor com efeitos desde o início de 2025.
Rodoviários ameaçam nova paralisação após atrasos salariais

SÃO LUÍS, 09 de dezembro de 2025 – A Grande São Luís pode enfrentar uma nova paralisação no transporte público após os rodoviários denunciarem atrasos nos salários e na primeira parcela do 13º. O presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Marcelo Brito, afirmou nesta terça (9), que o pagamento deveria ter sido efetuado no dia 5, mas várias empresas não cumpriram a obrigação. Ele alertou que, se a situação não for regularizada, a categoria adotará novas medidas, incluindo uma possível greve geral. A ameaça ocorre menos de 30 dias após o fim da paralisação que atingiu parte da frota da empresa 1001. O movimento foi encerrado em 26 de novembro, quando motoristas e cobradores cruzaram os braços devido a atrasos de salários, benefícios e pendências com funcionários demitidos. Na ocasião, a interrupção do serviço provocou longas esperas nos pontos e aumento da demanda por transporte por aplicativo.
Delegado perde cargo após condenação por desvio de recursos

BARRA DO CORDA, 09 de dezembro de 2025 – A Justiça de Barra do Corda condenou o delegado Alexsandro de Oliveira Passos Dias em 27 de novembro de 2025, após identificar 174 abastecimentos irregulares realizados ao longo de um ano com o cartão fornecido pelo Estado, porque os registros indicavam desvio de recursos públicos. A denúncia apresentada pelo promotor Guaracy Martins Figueiredo apontou que parte dos abastecimentos ocorreu fora do município, inclusive aos fins de semana e em veículos que não pertenciam à corporação. Além disso, a investigação demonstrou que alguns lançamentos superaram a capacidade dos tanques das viaturas, o que reforçou o entendimento de fraude na utilização do cartão. O juiz João Vinícius de Aguiar dos Santos reconheceu o crime de peculato e determinou a perda do cargo de delegado, a reparação dos valores desviados e a aplicação de pena de quase três anos de prisão ao servidor.
Lula reconduz Paulo Gonet por mais dois anos à frente da PGR

BRASÍLIA, 09 de dezembro de 2025 – O presidente Lula (PT) assinou novo decreto reconduzindo, a partir de 19 de dezembro, Paulo Gustavo Gonet Branco ao cargo de procurador-geral da República. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça (9), assinado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Agora, Gonet seguirá à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) por mais dois anos. A recondução foi aprovada pelo plenário do Senado Federal em novembro, com 45 votos favoráveis e 26 contrários. Gonet recebeu menos votos do que quando foi indicado pelo presidente Lula em 2023. Na ocasião, 65 senadores foram favoráveis e 11 contrários. A queda de apoios se deu pela atuação do PGR na trama golpista e nas ações contra os ataques do 8 de Janeiro.
Base governista barra ofensiva contra Brandão no caso Braide

SÃO LUÍS, 09 de dezembro de 2025 – Os deputados Dr. Yglésio (PRTB), Catulé Júnior (PP) e Neto Evangelista (União) expuseram a verdade e desconstruíram a narrativa de oposicionistas que tentavam transferir para o governador Carlos Brandão a responsabilidade pelo processo de impeachment do prefeito Eduardo Braide, por crime de improbidade, que estava em andamento na Câmara de São Luís. Os parlamentares reforçaram, na sessão desta terça-feira (9), na Assembleia Legislativa, que as afirmações não passavam de politicagem da oposição. “A grande verdade foi que um aposentado, revoltado com a perda do direito adquirido do seu salário, que pegou uma facada de R$ 10 mil no bolso, por mês, entrou com uma representação na Câmara por descumprimento de uma lei em vigência, portanto, um crime de improbidade manifesto”, esclareceu Dr. Yglésio. Com argumentos incisivos, o parlamentar do PRTB deixou, inclusive, o deputado Fernando Braide, que é irmão do prefeito, sem reação. “O senhor acha justo 400 pessoas terem rebaixado os salários em R$ 10 mil? Auditores do município em fim de carreira, em início de aposentadoria, aposentados, médicos que contribuíram por mais de 25 anos? O senhor acha justo que o seu irmão, por um exercício mero de vaidade, possa tirar dessas pessoas o sustento dentro de casa?”, questionou. Em resposta, Fernando Braide retrucou: “Até me cortou o raciocínio”. HOMEM DE DIÁLOGO Catulé Júnior ressaltou os riscos trazidos pelo excesso de judicialização da política e defendeu Carlos Brandão. “Acho também temerário colocarmos sobre os ombros do governador essa iniciativa”, observou. “O governador Brandão é um homem pacato, um homem que sempre fez do diálogo a sua marca, e eu quero acreditar, de forma muito convicta, que ele não tem nada a ver com isso”, assinalou Catulé Júnior.