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MARANHÃO, 05 de dezembro de 2024 – O Maranhão abriga duas das três regiões com as maiores taxas de pobreza extrema do Brasil, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo IBGE na última quarta (4).
O Litoral e a Baixada Ocidental Maranhenses registram 63,8% da população vivendo em condições de miséria, superados apenas pelo Vale do Rio Purus, no Amazonas, onde 66,6% dos habitantes estão em situação semelhante.
QUEDA NACIONAL DA POBREZA EXTREMA
Entre 2022 e 2023, o percentual de brasileiros com renda domiciliar per capita abaixo da linha de pobreza extrema caiu de 5,9% para 4,4%, a menor taxa desde 2012.
Em números absolutos, a população vivendo nessas condições diminuiu de 12,6 milhões para 9,5 milhões, retirando 3,1 milhões de pessoas dessa situação. Já a população em pobreza moderada caiu de 67,7 milhões para 59 milhões, refletindo avanços no combate à desigualdade.
A metodologia do IBGE utiliza as linhas de Paridade do Poder de Compra do Banco Mundial, que define pobreza como uma renda per capita de R$ 665 por mês e pobreza extrema como R$ 209 por mês. Esses indicadores são utilizados para monitorar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1 (Erradicação da Pobreza).
CONTRAPONTO DO GOVERNO
Apesar dos índices desfavoráveis ao Maranhão, o secretário de Estado do Desenvolvimento Social, Paulo Casé Fernandes, destacou avanços locais. Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a taxa de pobreza extrema no estado caiu 10,5 pontos percentuais em 2024.
O levantamento aponta que 919,9 mil maranhenses saíram da pobreza.