SÃO LUÍS, 8 de abril de 2024 – Um levantamento realizado pelo Sindicato dos Professores revelou que vinte e duas escolas da rede de ensino de São Luís permanecem fechadas devido a problemas estruturais.
Entre fevereiro e março, os prédios das unidades de ensino enfrentaram dificuldades em oferecer condições adequadas aos alunos, incluindo alagamentos, infiltrações e falta de recursos básicos.
Os pais e responsáveis estão preocupados com a situação e têm reclamado da negligência das autoridades em lidar com a crise na educação.
Diversas vezes, foram feitas denúncias sobre as condições precárias das instalações das escolas, destacando problemas como alagamentos dentro das salas de aula, infiltrações no teto e falta de ventiladores.
Em alguns casos, os banheiros se encontram em estado deplorável, representando riscos à saúde dos alunos.
A diretoria do Sindeducação realizou uma vistoria em 33 escolas e confirmou que os prédios das escolas estão com graves problemas na estrutura. Das 33 unidades de ensino, 22 estão sem funcionar desde o início do ano.
O relatório da vistoria apontou entupimento nas tubulações das fossas sépticas e falta de água nos prédios, entre outras questões.
Ana Paula Martins, diretora do Sindeducação, destacou que algumas escolas estão funcionando de forma remota devido à falta de condições para o ensino presencial.
Ela ressaltou que o sindicato já solicitou diversas vezes à Prefeitura a lista das escolas que precisam de reformas e um cronograma para executá-las, mas até o momento não houve uma resposta satisfatória por parte das autoridades.
Além dos problemas estruturais, os estudantes também sofrem com a falta de professores em disciplinas essenciais, o que dificulta o processo de aprendizagem, especialmente para os alunos que estão em fase de preparação para ingresso no ensino médio.
Para lidar com essa situação, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou à prefeitura de São Luís que realize reformas em 54 escolas da rede municipal de ensino. O prazo estabelecido pelo Poder Judiciário para a entrega das obras foi de no máximo dois anos.
Além disso, a prefeitura deve apresentar um cronograma de execução das obras em 30 dias, com projetos que contemplem normativas técnicas para prédios escolares, acessibilidade e prevenção contra situações de pânico e incêndio.