MARANHÃO, 14 de novembro de 2023 – O juiz Nuno Dias ordenou nesta segunda (13) a libertação de cinco envolvidos no escândalo de corrupção que levou à renúncia do primeiro-ministro português, António Costa.
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Entre os libertados estão o chefe de gabinete de Costa, Vítor Escária; o consultor Diogo Lacerda Machado, amigo do ex-primeiro-ministro; o prefeito de Sines, Nuno Mascarenhas; e os diretores da Start Campus, Afonso Salema e Rui Neves.
O juiz retirou as acusações de corrupção e prevaricação contra os cinco, mas impôs restrições, proibindo-os de sair do país e exigindo a entrega dos passaportes em 24 horas. Diogo Lacerda Machado foi instruído a pagar €150 mil de fiança.
A defesa de Machado destacou “erros graves” no processo, apontando a decisão do tribunal como prova.
Apesar da revogação das acusações, eles continuam sob investigação do Ministério Público por supostas irregularidades em projetos governamentais relacionados a lítio, hidrogênio verde e um centro de armazenamento de dados em Sines.
O ministro da Infraestrutura, João Galamba, e o presidente do conselho diretor da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, também são alvos de suspeitas. Galamba ofereceu sua renúncia nesta segunda.
A renúncia de Costa desencadeou eleições legislativas antecipadas, marcadas para 10 de março de 2023. A disputa pelo cargo de secretário-geral do Partido Socialista (PS) está aberta, e o vencedor se tornará candidato a primeiro-ministro.
José Luís Carneiro, ministro do Interior, e o ex-ministro da Infraestrutura, Pedro Nuno Santos, já anunciaram suas candidaturas.