
BRASIL, 12 de agosto de 2025 – Um estudo do Inaf (Índice de Alfabetismo Funcional) mostrou que 29% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são analfabetos funcionais, o equivalente a cerca de 40 milhões de pessoas.
O estudo, divulgado em 2024, manteve-se igual ao de 2018, mas aumentou em comparação aos 27% registrados em 2011 e 2015. A pesquisa é realizada pela Ação Educativa e pelo Instituto Paulo Montenegro.
O Inaf classifica como analfabetos funcionais tanto quem não sabe ler e escrever (7%) quanto quem tem habilidades limitadas (22%). Os analfabetos absolutos enfrentam dificuldades em tarefas simples, como ler frases ou usar ferramentas digitais.
Já os de nível rudimentar conseguem interpretar textos curtos e fazer contas básicas, mas não lidam com informações mais complexas.
Desde 2001-2002, o percentual de analfabetos caiu de 12% para 7%. O nível rudimentar também recuou, de 27% para pouco mais de 20% após 2009. No entanto, apenas 8% a 12% da população atingem o nível proficiente, o mais alto de alfabetização, sem avanços significativos nas últimas décadas.
Entre os analfabetos, 63% vivem com até um salário mínimo, enquanto apenas 1,5% ganha mais de cinco. No nível proficiente, só 10% estão na faixa de menor renda. A desigualdade racial também é evidente: pretos e pardos representam 63% dos analfabetos, mas apenas 47% dos proficientes.
Mais da metade (51%) dos brasileiros entre 50 e 64 anos são analfabetos funcionais, contra 16% dos jovens de 15 a 24 anos. Quem concluiu o Ensino Médio tem índices menores: 11% entre os mais jovens e 25% entre os mais velhos.







