Esquerda maranhense não elegeu nenhuma mulher deputada federal nos últimos 20 anos

Apesar do discurso sempre recorrente de empoderamento e representatividade feminina na política, partidos de esquerda do Maranhão não elegeram nenhuma mulher deputada federal nos últimos 16 anos. Já o total de homens eleitos em legendas dessa natureza chegou a mais 30 homens. Os números revelam uma dissonância entre discurso e prática. 2022, O ANO DAS MULHERES (que não são de esquerda) As eleições de 2022 entraram para a história como as que elegeram a maior bancada feminina maranhense desde a redemocratização no fim doa anos 1980. Foram eleitas 3 mulheres para o cargo. Detinha (PL), Roseana Sarney (MDB) e Amanda Gentil (PP). Para manter a tradição no estado nas últimas décadas, nenhuma chegou ao cargo em partidos de esquerda. Duas delas, aliás, pertencem a partidos da base do presidente Jair Bolsonaro (PL e PP). Já a ex-governadora Roseana Sarney pertence a um partido de centro, o MDB. Antes das três, apenas duas mulheres haviam dividido com homens vagas na Câmara Federal. Eliziane Gama (2014) e Nice Lobão (2006 e 2010). MUITO DISCURSO, POUCO APOIO A vitória das mulheres em partidos de direita e o fracasso das campanhas em legendas de esquerda se torna mais vexatório quando observados os números. Apenas a comunista Flávia Alves (PCdoB) conseguiu ficar entre as 10 mais votadas. Quando observada a divisão de recursos partidários, a coisa ainda piora. Alves recebeu apenas a metade de recursos dos quais teve direito o deputado federal eleito Márcio Jerry, também do PCdoB. Tanto Amanda Gentil, quanto Roseana e Detinha receberam mais recursos do fundo partidário que Flávia Alves. HIPOCRISIA Levando-se em consideração que o Maranhão foi governado por um partido de esquerda por 8 anos, o PCdoB, e antes já havia tido um período sob o comando do PDT, é impossível deixar de inferir que a defesa que se faz da participação feminina na política não passa de debate. Além de não auxiliar mulheres na ascensão para vagas na Câmara Federal, foram poucas as que ocuparam cargo no primeiro escalão dos governos Jackson Lago (PDT) e Flávio Dino (PCdoB). Situação que deve se repetir com Carlos Brandão (PSB).
PV, PCdoB e PT consolidam Federação em apoio a Carlos Brandão

Líderes do PT, PCdoB e PV no Maranhão participaram de reunião com a Federação nacional, liderada pelo presidente Lula e Alckmin, para consolidar composição da Federação Brasil da Esperança – Fé Brasil.
Zé Inácio pode compor direção nacional da federação PT/PV/PCdoB

O deputado estadual Zé Inácio (PT) divulgou nesta quarta (25) que foi um dos indicados para compor a Direção Nacional da Federação Brasil da Esperança, que une PT, PCdoB e PV. Em sessão administrativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nessa terça (24/05), foi aprovado por unanimidade o pedido de constituição de federação partidária das três siglas, que formam a Federação Brasil da Esperança (FE Brasil). À Direção Nacional caberá deliberar pautas que porventura não possam ser resolvida entre as direções locais das três siglas, haja vista que durante os quatro anos da próxima legislatura (2023-2026), PT, PCdoB e PV atuarão em conjunto como um único ente partidário. “Agradeço aos companheiros e companheiras do PT Nacional pela indicação do meu nome para compor a Direção Nacional da Federação PT, PCdoB e PV (Federação Brasil da Esperança). Trabalharemos juntos em defesa do Brasil, do Maranhão, da Democracia e de Lula”, destacou o petista ao comentar o assunto. No caso do Maranhão, um dos assuntos que deve ser levado à instância máxima da federação é o fato do PT e PCdoB defenderem o nome do ex-governador Flávio Dino (PSB), para ser o candidato a senador do grupo. No entanto, o presidente estadual do PV, deputado Adriano Sarney, não concorda.
TSE autoriza federação entre PCdoB, PT e PV por quatro anos

Na sessão administrativa realizada nesta terça (24/05), o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, o primeiro pedido de constituição de uma federação partidária após a criação do instituto pela Reforma Eleitoral de 2021. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Verde (PV) integram a Federação Brasil da Esperança (FE Brasil). A partir de agora, durante os quatro anos da próxima legislatura (2023-2026), as agremiações atuarão em conjunto como um único ente partidário. Dia 31 de maio é a data final para que as federações partidárias que pretendam participar das eleições de outubro obtenham o registro do estatuto no TSE. Diferença entre Federação e Coligação Partidária As coligações partidárias são alianças que partidos fazem para aumentar as chances de vitória em uma eleição. As coligações têm uma natureza apenas eleitoral e temporária, ou seja, são realizadas somente no período das eleições e para cargos majoritários (presidente, governador, senador e prefeito). Após as eleições, as coligações são extintas. Já no caso das federações partidárias, dois ou mais partidos políticos podem se integrar como se fossem um único, e essa união vai durar até o fim do mandato dos candidatos dessa federação partidária. Dessa forma, a principal diferença é o caráter permanente. A obrigação legal de permanecerem na federação por pelo menos quatro anos faz com que somente partidos com uma boa afinidade ideológica e de programas busquem se unir para uma atuação conjunta, tanto legislativa, quanto nas eleições, por meio desse instituto jurídico.
Brandão falta a evento pró-Lula e gera dúvida sobre relação com Dino

Na semana passada o ex-governador Flávio Dino (PSB) organizou uma reunião com lideranças políticas para definir as linhas gerais da pré-campanha do ex-presidente Lula. A ausência do governador e candidato à reeleição Carlos Brandão (PSB) no evento foi sentida. Alguns observadores encaram a ausência do cabeça de chapa logo na 1ª reunião pró-lula como um recado do ex-governador ao atual mandatário. Além Flávio Dino, participaram da reunião secretários de governo, presidentes de partidos e políticos, também foi convidado o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto. “Começamos a organizar a pré-campanha do presidente Lula no Maranhão, em reunião com representações do PSB, PT e PCdoB. Campo popular está unido e vamos vencer”, disse Dino em suas redes sociais. RETALIAÇÃO A relação entre o atual e o ex-governador já é considerada estremecida por parte da classe política. As razões para o início do distanciamento repousam na insatisfação de Dino com a reforma administrativa tocada por Brandão. Flávio Dino não concorda com algumas escolhas do governador. Outros membros do primeiro escalão do antigo governo também andam reclamando publicamente da postura de independência de Carlos Brandão. Apesar dos sinais de ruptura e da ausência em um evento considerado capital, nenhum dos dois deu manifestações públicas que apontam para uma ruptura ou indicam insatisfação.
Prefeitura de Bom Lugar acusada de tomar terras de produtor rural

A gestão municipal da cidade de Bom Lugar e ex-prefeitos são acusados de se vincularem politicamente a uma quadrilha que e tentar roubar a propriedade de um produtor rural e de uma professora na cidade. Os acusados estariam avançando contra terras do produtor rural Pedro Soares e Reis. A ação vem acontecendo nos últimos anos após a morte de Pedro Soares. Eles também respondem por processos de improbidade administrativa e danos ao erário. Entre as denúncias de que são alvo, consta o crime de abuso de autoridade praticados pela prefeita da cidade, Marlene Silva Miranda (eleita pelo PCdoB em 2020), os ex-chefes do executivo municipal Antonio Marcos Bezerra Miranda (gestões de 2001-2004 e 2005-2008) e Antonio Sérgio Miranda de Melo (gestões de 2009-2012 e 2013-1016), além dos crimes de prevaricação praticados pelos Delegados da Polícia Civil de Bacabal. Os herdeiros do produtor rural Pedro Soares e Reis relatam uma conspiração para tomar terras do espólio do produtor. Além disso, eles também reclamam da inércia das autoridades policiais (Secretário de Segurança Pública, Delegados da Polícia Civil em São Luís e em Bacabal, e 15° Batalhão da Polícia Militar de Bacabal) a despeito da apresentação de boletins de ocorrência, dossiês e pedidos de instauração de inquérito policial, ao longo de mais de cinco anos, mas que, até o momento não foi constatada a devida diligência que o caso requer. Denúncias Segundo as acusações, a atual prefeita tem dado suporte para Manoel Serafim de Sousa. Ele é acusado de lesar a idosa e viúva de Pedro Reis, a professora Luzia Reis. Manoel teria cometido estelionato com documentos ilegítimos da Prefeitura, chancelados por um membro do poder público à época. Estes fatos foram denunciado por intermédio de notícia crime ao do distrito policial de Bacabal chamado Oséas por uma das herdeiras e filhas do casal, a advogada Ana Luzia Pinto e Reis. Inexplicavelmente, ele emitiu relatório com proposta de arquivamento do caso. Ana Luzia denuncia a entrada ilegal do delegado no mérito da questão. “Arquivar denúncias sem investigação de forma sumária não é função de delegado”, explicou. A atual de Oséas foi denunciada no âmbito do Ministério Público em Bacabal. Nas denúncias formuladas pela família Reis, tanto diretamente, quanto por intermédio da Promotoria de Justiça da Comarca de Bacabal (MA), constam que documentos ilegítimos supostamente transferiram a Manoel Serafim parte do patrimônio do Pedro Soares e Reis, sem anuência dos herdeiros diretos. Em sua defesa, o acusado diz ter recebido direito de superfície da Prefeitura. Conforme Ana Luzia, a situação não justifica o caso. “Há um conluio entre eles. A Prefeitura apresentou informações falsas ao alegar ser do município a propriedade e tudo está comprovado no dossiê”, afirmou Ana Luzia. Inclusive, em 2012, de acordo com a advogada, o prefeito à época construiu uma rua com o nome do seu pai, Antonio Jacinto de Melo, indivíduo este que alega ser o proprietário da área onde está localizada a propriedade da família Reis e é questionado, inclusive, por indícios de falsidade ideológica. A advogada reclama de documentos forjados usando o timbre da Prefeitura de Bom Lugar e tendo como testemunha o Secretário de Finanças daquela gestão. Arquivamento e impugnação O caso foi arquivado, pois, conforme o Delegado Oséias Ferreira Cavalcanti, da 16ª Delegacia Regional de Bacabal, a advogada Ana Luzia Pinto e Reis “não chegou a prestar declarações, porquanto ela passou mal na delegacia de polícia e precisou se retirar do recinto em busca de auxílio médico”. A advogada nega e entrou com pedido de impugnação à decisão do arquivamento.O dossiê que narra todos os crimes praticados pela administração pública já foi protocolado em diversos órgãos. Inclusive, enviados ao ex-governador Flávio Dino (PSB) e atual chefe do Poder executivo Estadual Carlos Brandão (PSB). Mais detalhes sobre o caso e exposição dos envolvidos em breve.
Federação dos partidos PV, PCdoB e PT pode não apoiar Dino

Mediante os avanços entre as cúpulas nacionais dos três partidos sobre federação, PV, PCdoB, e PT, não é garantido o apoio ao governador do Maranhão Flávio Dino (PSB), que busca a vaga única do Senado Federal. Em entrevista ao Quadro Bastidores da TV Mirante na manhã desta segunda (14), o deputado estadual Adriano Sarney (PV) assegurou que já está consolidado o apoio à pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão ao Palácio dos Leões, mas não é certo dar suporte ao projeto do líder do PSB no estado, cujo partido desistiu de participar do colegiado. “Nós não temos um consenso de candidato para senador e não temos consenso para um candidato a vice-governador. Temos até as convenções majoritária [para decidir]”, disse o deputado Adriano em entrevista à TV Mirante. Na oportunidade, o parlamentar anunciou que vai buscar a reeleição na Assembleia Legislativa e a agremiação deve definir o nome da formação das legendas em breve, assim como regras para rateio de espaço nas chapas proporcionais.
Neutralidade política pode custar caro a Eduardo Braide

Eleito em 2020 com expressiva votação, o prefeito Eduardo Braide (Podemos) fez a opção pela neutralidade política assim que assumiu o mandato. Mesmo constantemente atacado pelo deputado estadual Duarte Jr (PSB) e pelo governador Flávio Dino (PSB), o prefeito adotou uma postura de distanciamento e neutralidade nas discussões políticas. No vácuo deixado por ele, seus adversários conseguiram se estabelecer, assediar aliados e crescer ao ponto de se tornarem um grande obstáculo para a gestão: o comando da Câmara de Vereadores. Assim que terminaram as eleições municipais em 2020, o deputado Duarte Jr e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) convocaram vereadores da base que integraram o grupo derrotado para uma reunião. O evento aconteceu nos Palácio dos Leões e lá fora acertado que a oposição ao prefeito teria como trincheira a Câmara de Vereadores. Passado um ano e após grande articulação do vereador comunista Paulo Victor, o que era apenas um sonho hoje pode se tornar realidade. Candidato do grupo de oposição ao prefeito, Paulo Victor teve amplo apoio do Palácio dos Leões em sua jornada por uma candidatura competitiva pela Presidência da Câmara. Em suas redes sociais são comuns fotos de reuniões com membros do Legislativo Municipal e integrantes da gestão de Flávio Dino. Candidato do prefeito, o vereador Drº Gutemberg (PSC) iniciou o processo de forma tímida e assim estava até poucos dias dias atrás. Enquanto o apoio não vinha de forma mais efusiva, Gutemberg via Paulo Victor fazer sua candidatura crescer com o apoio massivo dos adversários do prefeito. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por PAULO VICTOR (@paulovictormd) Pelas contas do próprio Paulo Victor e seus aliados, a eleição que acontece apenas em abril já está finalizada. Assessores do vereador já começam contar vitória e a ameaçar o prefeito. Dizem que os vereadores que já demonstraram simpatia pelo grupo serão jogados na lama se mudarem de ideia. O tom ameno usado para conseguir o apoio já fora transmutado em ameaças. “Quem mudar de ideia é traidor e vai ser destruído”, dizem. Ironia da história, meses atrás Paulo Victor dizia que o prefeito não precisava ver nele um adversário. Eduardo Braide, inexplicavelmente, parece ter sido o único a acreditar na piedade de comunistas e deixou o adversário livre para articular. Assim como em 2020, coube ao PDT ajudar a reverter o jogo. O vereador pedetista Raimundo Penha abdicou da candidatura e decidiu integrar o grupo de apoio a Gutemberg, dando fôlego ao candidato do PSC. Com as eleições ainda em abril, é dificultoso pensar que o grito de vitória dos adversários do prefeito seja definitivo. Em muito porque dificilmente o tom de ameaça aos que repensem suas posições deverá incomodar. Braide e Gutemberg tem todo o tempo para virar o jogo. O fato é que a experiência de um ano de neutralidade política empurrou Eduardo Braide e situação muito incômodas. Entre 2009 e 2011 o ex-prefeito João Castelo seguiu o mesmo roteiro de “bloco do eu sozinho” que Braide, para a infelicidade de todos que querem bem a São Luís, parece querer seguir. O resultado todo mundo sabe: candidato a reeleição e com a máquina, Castelo teve a coligação mais fraca das eleições de 2012 e foi derrotado.