Associação acusa ministro Carlos Lupi de incompetência
BRASÍLIA, 27 de julho de 2023 – A Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais (ANMP) levantou questionamentos sobre a eficácia da medida provisória que prevê o pagamento de bônus de produtividade aos servidores e peritos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Segundo o vice-presidente da ANMP, Francisco Eduardo Cardoso Alves, a medida é considerada “uma farsa” e não resolverá o problema da fila de espera do órgão. O bônus visa estimular peritos a analisarem processos fora do horário de trabalho, recebendo R$ 75 por perícia realizada. No entanto, Alves alega que o programa desenhado na MP não será suficiente para acabar com a fila e ainda pode reduzir a capacidade operacional da perícia, ao limitar a análise documental (Atestmed) a dias não úteis. “Aos finais de semana normalmente os médicos trabalham em outros locais, é o único tempo que eles têm com a família”, justificou. Além disso, a redução à metade do valor da tarefa de análise de documentos também é contestada pela associação, que considera que o ministério está utilizando o programa de bônus para descaracterizar conquistas alcançadas durante uma greve no governo Bolsonaro. A crítica também se estende ao ministro Carlos Lupi, a quem Alves chama de incompetente. Em resposta, o Ministério da Previdência destaca que priorizou a execução das perícias presenciais durante a semana e defende a análise documental em dias não úteis para dar flexibilidade aos peritos em relação ao horário de trabalho. O ministério também argumenta que o valor do bônus foi aumentado sem justificativa razoável, impactando negativamente a produtividade e a capacidade de atendimento aos segurados. “A realização das análises documentais em dias não úteis prioriza a análise que pode ser efetuada fora dos locais de trabalho, no horário que mais convier ao perito. Isso dá flexibilidade para que ele realize o seu trabalho”, afirmou a pasta por meio de nota. Quanto à relação com a ANMP, o ministério afirma que a entidade escolheu o isolamento ao romper com a gestão atual e interferir nas escolhas de diretores e chefias da área da perícia médica federal.
Geração de emprego no Brasil fica acima das expectativas
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda (06/06), a geração de emprego no Brasil ficou acima da expectativa do mercado. De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência, o Brasil criou 196.966 empregos formais em abril, isto é, o melhor resultado para abril desde 2012 (quando foram criados 216.974 postos de trabalho com carteira assinada). Além disso, o dado de abril foi resultado de 1,85 milhão de contratações e 1,66 milhão de demissões. Os 196.966 empregos formais gerados ampliou o saldo positivo do ano para 770.593. A criação de empregos em abril foi puxada pelo setor de serviços (+117.007 vagas) e também houve criação de vagas em todas as regiões: Sudeste (101.279), Nordeste (29.813), Centro-Oeste (25.598), Sul (25.102) e Norte (12.023). O salário médio real de contratação também teve alta em abril, após queda registrada março, e ficou em R$ 1.906,54 (leve alta de 0,79% em relação aos R$ 1.891,54 do mês anterior).
Governo troca ministros que pretendem se candidatar nas eleições
O presidente Jair Bolsonaro publicou, no Diário Oficial da União de hoje (31), uma série de decretos que exoneram, a pedido, ministros e secretários, abrindo a eles a possibilidade de se candidatarem a cargos públicos nas próximas eleições. No Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, foi exonerado do cargo o ministro Marcos César Pontes. Em seu lugar, foi nomeado Paulo César Rezende Alvim. Rogério Marinho deixa o Ministério do Desenvolvimento Regional, pasta que terá à frente Daniel de Oliveira Duarte Ferreira. O Ministério da Cidadania ficará a cargo de Ronaldo Vieira Bento, que assume o cargo no lugar de João Roma. Damares Alves deixa o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que terá, a partir de agora, como ministra Cristiane Rodrigues Britto. No Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a ministra Tereza Cristina dá lugar a Marcos Montes Cordeiro, e no Ministério do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni foi substituído por José Carlos Oliveira. No Ministério da Infraestrutura, sai Tarcísio Gomes de Freitas e entra em seu lugar Marcelo Sampaio. O Ministério do Turismo será comandado por Carlos Alberto Gomes de Brito, que substitui Gilson Machado. Vinculada à pasta, a Secretaria Especial da Cultura também tem alteração, com a saída do secretário Mário Frias, substituído por Hélio Ferraz de Oliveira. Foram publicados também decretos alterando as chefias da Secretaria de Governo, pasta até então ocupada por Flávia Carolina Péres (Flávia Arruda), que dá lugar a Célio Faria Júnior; e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com a exoneração do diretor-geral Alexandre Ramagem Rodrigues.
Brasil cria mais de 150 mil empregos formais em janeiro de 2022
O Ministério do Trabalho e Previdência informou nesta quinta (10) que o Brasil criou 155 mil empregos com carteira assinada em janeiro deste ano. Os dados sobre os empregos formais constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). A alta em janeiro foi incentivada pelo setor de serviços, seguido pela indústria, construção e agropecuária. O único segmento com resultado negativo foi o setor de comércio. Ao todo, o Brasil registrou quase 1,8 milhão de contratações e 1,7 milhão de demissões no período. Em relação ao mesmo mês de 2021, foram abertos 255 mil empregos formais.