Extrema-esquerda espanca militantes do MBL em universidade
FLORIANÓPOLIS, 13 de julho de 2023 – Quatro membros do Movimento Brasil Livre (MBL) foram vítimas de agressão na tarde desta quinta (13) na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. João Bettega, um dos ativistas, foi espancado simultaneamente por quatro agressores, ficou inconsciente e precisou ser hospitalizado. Os outros sofreram ferimentos mais leves e registraram boletim de ocorrência após o incidente. Um grupo de oito agressores, alguns deles usando máscaras, realizou o ataque. De acordo com a assessoria de imprensa do MBL, pelo menos um dos agressores estava armado com uma faca, enquanto outros portavam pedaços de madeira. Durante o incidente, os vândalos roubaram dois celulares, um microfone e um óculos. Na quarta (12), os membros do MBL foram à UFSC para repintar uma área do Centro de Convivência da universidade, que havia sido alvo de pichações com conteúdo político de esquerda. Após a saída do grupo, o local foi novamente vandalizado, desta vez com mensagens contra o MBL, inclusive associando o movimento ao nazismo. O ataque sofrido pelos ativistas do MBL faz parte de um projeto de denúncia de vandalismo em bens públicos realizado por ativistas de esquerda em universidades públicas. Na semana passada, o projeto teve início com a repintura do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que também havia sido alvo de pichações políticas, mas sem registro de agressões. O grupo pretende dar continuidade ao projeto, percorrendo diversas universidades federais de diferentes regiões do país. A UFSC não se pronunciou sobre o caso até o momento.
Filósofa chama judiciário de “fascista” ao perder para Kim Kataguiri
A filósofa Marcia Tiburi perdeu um processo para o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) por acusações de apologia ao nazismo após declarações do parlamentar em entrevista ao Flow Podcast e foi condenada a pagar R$ 5 mil ao membro do Movimento Brasil Livre (MBL). Na oportunidade, Tiburi acusou o Judiciário de ser fascista. “Eu ter que pagar em dinheiro para quem me persegue há tanto tempo, é algo que explica o sistema da injustiça. E o fato é que grande parte do Judiciário é fascista e machista e certamente está adorando ajudar na perseguição…”, disse ela. Na primeira instância, a juíza Oriana Piske disse que o parlamentar, na verdade, não se manifestou “favorável à abominável ideologia” e que a filósofa “incorreu em equívoca avaliação do seu conteúdo”, motivo pelo qual deveria ser condenada. Marcia Tiburi tentou recorrer, mas saiu derrotada de novo. A Segunda Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve a sentença de primeiro grau. “O que caracteriza o dano moral, quando há crítica à pessoa que desempenha um cargo público, em especial, os políticos, é o abuso do direito de criticar. No caso, a parte ré [Marcia Tiburi] nominou o autor de nazista”, fundamentou o juiz Arnaldo Corrêa Silva, relator do processo, em um voto que foi acompanhado por unanimidade. O magistrado ainda disse que, durante a fala do congressista no Flow, não houve apologia ao nazismo, pelo contrário, ele “mostrou-se veemente contra” o regime quando defendeu que cidadãos tenham acesso a “livros e registros históricos provenientes do nazismo” para se informar. “É senso comum que no Brasil hoje vive-se a intolerância com o pensamento e palavras daqueles que possuem posicionamento divergente. Banalizou-se discursos de ódio, sendo comum denominar as pessoas de nazistas, fascistas, comunistas e etc”, declarou o juiz. “Frisa-se que esses termos muitas vezes são proferidos sem que se saiba o real significado de cada um desses adjetivos. É grave a conduta de imputar a pecha de nazista a alguém”, acrescentou.
Mamãe Falei e membros do MBL são agredidos por políticos
Confusão ocorreu em Londrina, interior do Estado
O melancólico fim da terceira via – Revista Oeste
Em novembro do ano passado, a edição 88 de Oeste mostrou que políticos do PSDB se digladiavam para escolher quem seria o candidato à medalha de bronze nas eleições presidenciais. Ao pelotão tucano, juntaram-se o ex-juiz Sergio Moro, o eterno candidato Ciro Gomes, os senadores Rodrigo Pacheco e Simone Tebet, entre outros frequentadores de manchetes de jornais. Passados quatro meses, é provável que nenhum deles termine a corrida. Essa ciranda de nomes foi uma tentativa de criar a inédita “terceira via” eleitoral no Brasil. Ou seja, alguém que surgiria para quebrar a polarização de uma campanha já desenhada: o presidente Jair Bolsonaro e o petista Luiz Inácio Lula da Silva vão decidir o páreo. Se a vitória será mais ou menos apertada, é impossível prever tão cedo, apesar da insistência dos institutos de pesquisas. Mas um dado é real: a “via alternativa” não vingou. Quem chegou mais perto da construção de um projeto viável foi Sergio Moro: arrumou um partido (Podemos) capaz de bancar sua campanha eleitoral e dar alguma sustentabilidade em Brasília. E ainda detém a preferência de uma pequena fatia da imprensa que guarda memória do juiz da Lava Jato. Hoje, contudo, Moro não é nem sombra do enorme boneco inflável exibido em sua homenagem nas manifestações da Avenida Paulista. Era uma época em que os “meninos” do Movimento Brasil Livre (MBL) discursavam em caminhões contra a corrupção e terminavam ovacionados. Moro chamou o grupo para o seu palanque. Ao associar sua pré-candidatura ao MBL, Moro demonstrou mais uma vez ser um especialista em decisões erradas. Assim como foi o desastrado desembarque do governo Bolsonaro, as pífias acusações de interferência na Polícia Federal entregues para a TV Globo e a ladainha das “rachadinhas”. A série de entrevistas que concedeu até agora tem demonstrado que ao ex-juiz falta vocação para a política. Mas nada foi pior do que a escolha do deputado estadual Arthur do Val, o “Mamãe Falei”, para ser o seu candidato ao governo de São Paulo. Áudios devastadores Arthur do Val é o assunto mais comentado nas redes sociais — e até na imprensa mundial — há uma semana. Chegou a virar notícia no The Guardian. Em vez de se preocupar com suas tarefas na Assembleia Legislativa, como buscar recursos e oferecer ajuda aos municípios paulistas, ele decidiu ir para a guerra na fronteira com a Ucrânia. Qual o plano? Ao lado de Renan Santos, coordenador do MBL, promoveria uma “vaquinha virtual” para amealhar recursos para as vítimas do combate. A exposição nas redes foi enorme, inclusive com uma inexplicável imagem ao lado de pilhas de garrafas vazias. Diz a legenda: “Nunca imaginei que um dia nessa vida ainda faria coquetéis molotov para o Exército ucraniano”. Se ele e Renan Santos sabiam produzir bombas caseiras ou não, pouco importa. A foto diz muito sobre alguém eleito para um cargo público que se comporta como frequentador de balada paulistana no meio do horror da guerra. Ver esta publicação no Instagram Uma publicação partilhada por Arthur do Val – MamaeFalei (@arthurmoledoval) O saldo declarado da arrecadação na internet foi de R$ 280 mil. Mas o prejuízo provocado pela divulgação de um áudio sexista sobre mulheres ucranianas que fugiam do bombardeio russo ainda é incalculável. Ao desembarcar no Brasil, o deputado deparou com o estrago causado pelas suas falas. Algumas não foram reproduzidas aqui por respeito ao leitor, mas podem ser facilmente encontradas na internet. Foi um tiro de canhão na própria carreira política. Virou alvo de mais de uma dezena de processos de cassação do mandato por quebra de decoro. Teve de deixar o Podemos para não ser expulso. Anunciou que não disputará mais o Palácio dos Bandeirantes nem tentará a reeleição para o Legislativo. Afastou-se do MBL. Perder a namorada, segundo ele, foi o pior que lhe aconteceu nessa viagem. Sergio Moro teve de fazer malabarismo para condenar a atitude do aliado sem romper com o MBL. Até agora, não convenceu. Seu palanque no maior Estado do país implodiu. Lamento profundamente e repudio veementemente as graves declarações do deputado Arthur do Val divulgadas pela imprensa. O tratamento dispensado às mulheres ucranianas refugiadas e às policiais do país é inaceitável em qualquer contexto. ➡️ — Sergio Moro (@SF_Moro) March 4, 2022 O fiasco de João Doria O governador João Doria é um daqueles exemplos de político que deixa o cargo menor do que quando entra. Foi eleito para administrar um PIB (Produto Interno Bruto) maior do que o de países como a Argentina, principal parceira comercial do Brasil na América do Sul. E fez de sua gestão um poço de vaidade. O primeiro passo em falso do tucano foi assumir precocemente o papel de inimigo número um de Bolsonaro. As camisetas amarelas do “BolsoDoria”, que o fizeram surfar na onda dos votos do presidente, falam por si só. Semanas depois de estar sentado na cadeira de comando de uma máquina como o Palácio dos Bandeirantes, ele já queria ser presidente. Foi a pandemia, contudo, que colocou Doria num caminho sem volta. Insuflado pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tirou o comando das ações contra a covid do governo federal, o tucano viu na crise sanitária uma oportunidade de se tornar protagonista. Decidiu montar um gabinete de tecnocratas para cuidar da pandemia. Autointitulou-se o “pai da vacina” e começou a fazer pronunciamentos diários. Os mais recentes, como a liberação parcial do uso de máscaras depois do Carnaval, foram feitos no jardim do Palácio dos Bandeirantes, nos moldes da Casa Branca. À medida que a população foi se cansando das restrições impostas, Doria se tornou refém do seu comitê de especialistas. Mas, em vez de rever a escalada de medidas autoritárias e impopulares, dobrou a aposta. Dois anos depois do início da pandemia, São Paulo ainda tem escolas e faculdades fechadas, e a adesão às vacinas de reforço perdeu fôlego. Resta ainda um punhado de candidatos de si mesmos. Quem melhor veste essa camisa é Ciro Gomes Paralelamente, o tucano enfrentou desgaste no PSDB. Venceu o gaúcho Eduardo Leite nas prévias,
Quem é o deputado da polêmica sexista contra mulheres ucranianas?
Na Ucrânia sob o pretexto de auxiliar a resistência local contra a invasão russa, o deputado estadual paulista Arthur do Val (Podemos), conhecido como Mamãe Falei, enviou áudios a colegas do Movimento Brasil Livre (MBL) com uma série de comentários machistas sobre as refugiadas ucranianas.
Bira do Pindaré se une ao MBL em processo contra Paulo Guedes
O deputado federal maranhense Bira do Pindaré (PSB) se uniu a Kim Kataguiri, um dos líderes do MBL, e a outros deputados, em uma representação contra o ministro Paulo Guedes. O processo foi entregue à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) por suposto uso de informação privilegiada. Bira e os oposicionistas acusam Paulo Guedes de omissão do nome da filha e da esposa em DCI (declaração confidencial de informações) de 2019 da offshore Dreadnoughts Internacional Group Limited, nas Ilhas Virgens Britânicas. Em outubro, o ministro foi alvo da Pandora Papers, investigação sobre finanças internacionais e paraísos fiscais, que mostrou que Guedes tem offshores em paraíso fiscais. O ministro, antes de entrar para o governo, em 2019, já tinha e optou por mantê-las. Segundo Guedes, as offshores estão declaradas à Receita Federal. De acordo com o documento apresentado por Bira do Pindaré e pelos deputados, Paula Drumond Guedes, filha do ministro, se tornou diretora da offshore em dezembro de 2018. Já a esposa do ministro, Maria Cristina Bolívar Drumond Guedes, é sócia da empresa. Essas informações vinham sendo omitidas à Comissão de Ética Pública do Governo Federal. Os parlamentares pedem que seja feita uma análise do extrato de operações da empresa desde 2019 até agora. De acordo com os deputados envolvidos na ação: “não é possível acreditar que Paulo Guedes nunca conversou com a esposa e a filha sobre assuntos econômicos”. Eles alegam que Guedes não prestou depoimento sobre o Pandora Papers na Câmara. Ao invés disso, seus advogados apresentaram uma petição com esclarecimentos e documentos. “Tais circunstâncias levantam sérias suspeitas sobre o comportamento ético de Paulo Guedes tanto na esfera pública quanto no mercado financeiro. Ademais, é preciso que a CVM investigue as reais motivações de tamanha omissão”, pediram os deputados
Líder do MBL sugere estupro coletivo de mulher integrante do grupo
Um vídeo em que mostra o líder do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, voltou à tona após as fracassadas manifestações do dia 12 de setembro. Na peça, o líder do movimento faz um jogral em que brinca com a possibilidade do estupro de uma integrante do movimento. Veja o vídeo: A ministra Damares Alves afirmou em sua conta no Twitter que deve acionar a Justiça para cobrar esclarecimentos de Renan Santos sobre sua fala.
MBL entra em decadência e começa a perder lideranças
O vereador paulistano Fernando Holiday (Patriota) está de saída do Movimento Brasil Livre (MBL). O anúncio foi feito por meio de nota divulgada nas redes sociais do vereador ontem (28). A saída de Holiday acontece durante a radicalização do movimento que tem direcionado todas as suas energias para o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Oficialmente, as razões apontadas por Holiday são a falta de prioridade dada pelo MBL a duas pautas que o vereador considera fundamentais: a oposição ao aborto e a defesa de causas LGBT. “Estou saindo por razões pessoais, tenho projetos que quero desenvolver que nesse momento que não são prioridade para o momento, de proteção à vida e causas LGBT”, disse Holiday a um blog. Mesmo não assumindo, provavelmente por questões éticas, Holiday já demonstrou incomodo com algumas atitudes de membros do grupo. O vereador não gostou de ver Renan Santos, coordenador nacional do movimento, atacar o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS). Renan Santos, o mais bestial dos membros do movimento ao lado do deputado jacobino Kim Kataguiri, inquiriu Van Hattem por um posicionamento pelo impeachment. Fernando Holiday, homossexual assumido, foi eleito em 2016 e se reelegeu no ano passado. Em 2022, ao que tudo indica, deve ser candidato a deputado federal. A saída de Fernando Holiday, indiscutivelmente a maior reserva moral do movimento, revela que a decadência do movimento causada por uma espécie de radicalismo psolista pode ter decretado o fim do MBL.