Yglésio aponta conivência do Estado com o crime organizado

MARANHÃO, 06 de maio de 2025 – Em discurso sobre o assassinato do Tenente Coronel André Felipe, o deputado Dr. Yglésio fez duras críticas ao sistema de segurança pública e listou uma série de deficiências estruturais. “Tem que ser desfeito esse pacto com essas facções, de tratar facção com diálogo. Tem que ‘descer o cacete’ em facção aqui no Maranhão!” A crítica, é claro, não era só à criminalidade crescente, mas também à forma carinhosa com que o sistema trata quem transgride. “Como é que um vagabundo daquele, 21 anos de idade, um vagabundinho como aquele, entra com advogado pago pela facção. A gente tem que fazer essa reflexão. Porque não era para ter proteção da facção a um cidadão como aquele, e está lá, claramente, eles contam com a leniência do nosso processo penal frágil. Volto a dizer: o cara estava com o mandado de prisão em aberto por roubo, duas semanas que não foi cumprido, e a resultante inequívoca disso foi o fim da vida de um valoroso membro da Polícia Militar.” Na oportunidade, Yglésio relembrou o episódio de uma audiência de custódia em que uma juíza “perguntava ao bandido se ele queria um café e um cobertor”. Um retrato, segundo ele, do “banditismo romantizado no Brasil”. E citou, ainda, casos emblemáticos como o do jornalista Décio Sá e do também jornalista Maldine Barros, ambos assassinados e cujas investigações — adivinhe — não deram em nada. O deputado sugeriu, como quem revela um segredo mal guardado, que “as facções comandam o crime lá de dentro de Pedrinhas” com uma tranquilidade que faria inveja a qualquer CEO. Afinal, organização é o que não falta. O deputado não precisou dizer diretamente que o Estado age como cúmplice. “Quando a gente pega, por exemplo, e vê o Lewandowski, à frente do Ministério da Justiça, como tinha o Flávio Dino antes subindo em morro, que a Polícia Militar não sobe, com a maior tranquilidade, a gente tem a certeza de que com esta administração do país não tem perspectiva de vitória sobre a bandidagem. Ao contrário, tem a conivência, existe a conivência clara da alta cúpula do Governo Federal com a bandidagem.
Máfia das placas de táxi envolve dezenas de oficiais da PMMA

MARANHÃO, 17 de dezembro de 2024 – O escândalo envolvendo a máfia das placas de táxi no Maranhão implicou 27 oficiais da Polícia Militar, entre coronéis, tenentes-coronéis, majores e capitães. A lista dos envolvidos foi divulgada na segunda (16), com exclusividade no blog de Joerdson Rodrigues. As fraudes consistiam na obtenção de alvarás de taxistas emitidos por prefeituras do interior do estado. Esses documentos eram utilizados para a compra de veículos com descontos de até 30%. No esquema dentro da PMMA, cinco coronéis, três tenentes-coronéis, oito majores e 11 capitães foram identificados. Além dos militares, servidores de outras secretarias estaduais, funcionários do Tribunal de Contas do Estado e até membros do Ministério Público do Maranhão também estão sob investigação.