Ministério de Sonia Guajajara já gastou R$ 85 milhões em viagens

BRASIL, 10 de abril de 2025 – O Ministério dos Povos Indígenas (MPI), criado em janeiro de 2023 e liderado pela maranhense Sonia Guajajara (PSOL), gastou R$ 85,34 milhões em viagens entre 2023 e 2024. Sob comando da ministra nomeada por Lula, a pasta destinou R$ 33,49 milhões em 2023 e R$ 51,85 milhões em 2024, incluindo diárias e passagens, conforme dados divulgados até 14 de março de 2025.
Investimento na proteção de indígenas isolados aumentou mais de 300% sob Bolsonaro

O investimento na proteção de indígenas isolados aumentou 335% no governo Jair Bolsonaro (PL), segundo o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier. Quase R$ 54 milhões foram investidos entre 2019, 2020 e 2021. Em entrevista à Revista Oeste, Xavier também falou das mortes trágicas do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. — Como tem sido o trabalho da Funai desde 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiu a Presidência? Ao compararmos 2016, 2017 e 2018 com 2019, 2020 e 2021, houve um crescimento de mais de 335% de investimento na proteção de indígenas isolados. Foram quase R$ 54 milhões investidos. Isso é feito por meio de 11 equipes de proteção ambiental e 28 bases de proteção espalhadas pelo Brasil. No Vale do Javari, onde infelizmente dois rapazes morreram, houve apenas R$ 430 mil de investimentos em 2017. No ano seguinte, R$ 205 mil. Em 2019, a partir da minha gestão, investimos R$ 1,2 milhão. Em 2021, R$ 1,3 milhão. Temos muito mais investimentos efetivos do que em governos anteriores. E ainda falam em genocídio. Também há o investimento em fiscalização de terras indígenas, que cresceu mais de 150%. Foram mais de R$ 80 milhões investidos entre 2019 e 2021. A Funai distribuiu mais de 1,3 milhão de cestas básicas para 200 mil famílias indígenas. Isso equivale a mais de 30 mil toneladas de alimentos. Quando chegamos aqui, havia uma despesa de R$ 45 milhões; a verba era destinada para um projeto que pretendia fazer criptomoedas para os indígenas. É risível. É malversação do patrimônio público. Isso acabou. Não sacrificamos a vaca; deixamos ela viva e matamos os carrapatos.
Índios protestam contra Dino por promessa não cumprida

Indígenas da Aldeia Escalvado do município de Fernando Falcão, em Barra do Corda, protestaram contra o governo Flávio Dino. Com faixas, cartazes, os índios foram até o prédio da Unidade Regional de Educação cobrar a promessa da construção de uma escola na Aldeia Escalvado, que não foi realizada pelo governo Dino. Os indígenas afirmam que Flávio Dino prometeu que a Aldeia receberia uma escola para atender mais de 900 alunos, que estudam na região indígena. Porém, o mandatário do Maranhão deve deixar o cargo no fim deste mês para concorrer ao Senado sem realizar a obra na Aldeia Escalvado. Centenas de índios percorreram algumas ruas do Centro de Barra do Corda. A Polícia Militar ainda tentou conter os indígenas, mas os nativos furaram a barreira da Polícia Militar e chegaram até o prédio da URE, que pertence ao governo do Maranhão. Os ânimos ficaram exaltado. A Polícia Militar reforçou o paredão e impediu a entrada.
Índios Gamella vivem sob ameaça no Maranhão

O Povo Akroá Gamela, Terra Indígena (TI) Taquaritiua, no estado do Maranhão, foi expulso de suas terras por fazendeiros e grileiros que invadiram e exploram a região amazônica. Segundo denuncia do Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, por causa de direitos negados, expulsões do território, massacres sangrentos e reconhecimento indígena questionado, os Gamella já chegaram a ser declarados extintos do território brasileiro. Os indígenas, porém, lutam pela sobrevivência e resistem em cerca de 14 mil hectares localizados nos municípios de Matinha, Penalva e Viana. Desde da década de 1970 – iniciaram um processo de resistência e luta pela retomada do território. No último mês, eles foram vítimas de mais um conjunto de arbitrariedades. 19 indígenas foram detidos na aldeia Cajueiro, levados à força para a delegacia do município de Viana (MA) e tiveram seus cabelos raspados, sem qualquer chance de defesa. Movimentos nacionais e internacionais emitiram notas de apoio aos Gamella. Entre os detidos no último mês estava o agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Inaldo Kum´tum, liderança com forte atuação em defesa dos territórios tradicionais e uma das vítimas de violento ataque que aconteceu em 30 de abril de 2017, quando cerca de trinta indígenas foram atacados no território maranhense, quase tiveram membros decepados e vivem com as sequelas do massacre até hoje. Rafael Silva, advogado e assessor jurídico da CPT – que teve papel fundamental na libertação dos indígenas detidos, acompanha os casos de conflitos no campo no estado do Maranhão e explica que a eles, historicamente, tem sido negado o direito de existir. Os Akroá-Gamella vivem uma longa história de violências, silenciamento e invisibilização. Sua luta por território é uma luta pelo direito de existir, como eles próprios costumam dizer. Essa existência incomoda ao poder político, econômico e do mercado local de terras, que sempre atuou para negar-lhes o direito à vida enquanto povo indígena. Essa atual fase histórica de ameaças e violências contra os Gamella se iniciou em 2014/2015, em um continum até hoje”, explica.
Entidades denunciam governo Dino por perseguição e prisão de 20 indígenas

Mais de 26 entidades denunciaram a prisão arbitrária de cerca de 20 indígenas do povo Akroá-Gamella, em Viana, Maranhão. Dentre os indígenas, está o agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT-MA), Kum’Tum Akroa Gamella. De acordo com informações, a empresa Equatorial Energia tentou instalar linhões de energia elétrica dentro do território indígena sem autorização ou consulta dos Akroá-Gamella. A prática é ilegal, uma vez que as comunidades possuem a prerrogativa de aprovar, ou não, ações em suas terras. Segundo relatos, os indígenas tentaram negociar, mas foram reprimidos pela Equatorial. A Polícia Militar foi acionada e prendeu 20 índios. Também foram recolhidos celulares e câmeras fotografias que registravam a ação ilegal de equipes que tentavam instalar os linhões de qualquer jeito. O cenário, segundo as entidades, é de extrema violência devido a presença de homens contratados pela pela concessionaria de energia na região, eles e a PM invadiram casas e soltaram tiros contra os indígenas. Entidade como Cáritas Brasileira Regional Maranhão Conselho Pastoral dos Pescadores-MA, Comissão Pastoral da Terra-MA e outras dezenas, que denunciaram a ação, exigem liberdade imediata aos indígenas presos, a apuração rigorosa das ações arbitrárias de instituições do Estado do Maranhão, assim como da empresa Equatorial contra os Akroa-Gamella. TODAS AS ENTIDADES QUE REALIZARAM A DENÚNCIA Cáritas Brasileira Regional Maranhão Conselho Pastoral dos Pescadores-MA Comissão Pastoral da Terra-MA Comissão Pastoral da Terra Nacional Conselho Indigenista Missionário-MA Sociedade Maranhense de Direitos Humanos Agência Tambor Fórum Popular de Educação do Campo do Maranhão Rede de Agroecologia do Maranhão Laboratório de Estudos Vulnerabilidades e Processos de Subjetivação/UFMA Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros- NEAB/UFMA Coordenação do Curso de Ciências Sociais da UFMA Geiima – Grupo de Estudos Indígenas e Indigenistas no Maranhão/UFMA APRUMA Movimento de Defesa da Ilha Grupo de Estudos Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente/UFMA Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (MABE) Associação Comunitária de Educação em Saúde e Agricultura- Acesa Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra – MST. TIJUPÁ NURUNI/UFMA ANAÍ União de moradores do Taim Rede de mulheres das Águas e das Marés e dos Manguezais do Maranhão e do Piaui (Remumama) Conselho Gestor da Resex Tauá-Mirim Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Judiciário Federal e MPU no Maranhão – SINTRAJUFE/MA Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão – FETAEMA
Militantes indígenas pedem morte de Bolsonaro em protesto

Um grupo de militantes indígenas ligados a partidos de esquerda fez um protesto em que simulou a morte do presidente Jair Bolsonaro. Com um caixão com a foto do presidente, indígenas percorreram o gramado da Esplanda dos Ministérios até o Congresso Nacional. O ato tinha como alvo o Projeto de Lei 490/2007 que está sob responsabilidade de deputados federais e senadores e que altera a forma como são demarcadas terras indígenas. Apesar disso, Os agitadores seguravam um caixão com a foto de Bolsonaro e tocaram a Marcha Fúnebre. Caso o projeto vire lei, para que uma terra seja demarcada, os indígenas teriam que comprovar que já estavam por lá antes de 1988.
Força Nacional ficará no Maranhão por período indeterminado
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou na manhã desta quinta (19) que a Força Nacional irá fazer a manter a operação de proteção a índios por “enquanto for necessário”. Para Sérgio Moro, as unidades de segurança federais e estaduais estão atuando juntas para combater o aumento da violência. As declarações foram dadas em reunião com a senadora Eliziane Gama (Cidadania). Ainda segundo o ministro, o inquérito da Polícia Federal que investiga o assassinato do líder indígena Paulo Paulino Guajajara não encontrou indícios de crime de ódio. As investigações, até o momento, descartaram a participação de madeireiros e apontam para um crime realizado por caçadores da região. Eliziane Gama questionou o Sérgio Moro sobre a Polícia Federal não ter solicitado nenhuma prisão. O ministro não soube informar a razão da não ocorrência de prisões até o momento. A reunião nesta quinta-feira (19), em Brasília, foi solicitada pela parlamentar para discutir ações de prevenção da violência e iniciativas que envolvem tanto o Poder Executivo quanto o Legislativo.
Traficantes são suspeitos de promover massacre de índios no Maranhão

Situação coloca em dúvida narrativa sobre conflitos motivados por disputas agrárias e joga responsabilidade sobre governo Flávio Dino