Enfermeiros cobram piso e pacientes sofrem com infiltrações

MARANHÃO, 08 de maio de 2025 – Enfermeiros do Hospital do Servidor Estadual denunciam que, apesar de acordos judiciais, ainda não receberam o piso salarial garantido em convenção coletiva. Já no Hospital de Oncologia do Estado, pacientes recém-operados lidam com goteiras sobre seus leitos. Em audiência de conciliação realizada no mês passado no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (MA), ficou acertado que os profissionais receberiam o piso da enfermagem na folha de abril, paga no início de maio. O valor retroativo, referente aos meses anteriores, seria parcelado em até seis vezes. A base do acordo foi a Convenção Coletiva de Trabalho, em conformidade com a decisão do STF de dezembro de 2023, que determinou a regionalização do piso nacional da enfermagem. Tudo documentado, com data-base definida. Só esqueceram de cumprir. “Nós enfermeiros do Hospital do Servidor até agora não recebemos o piso. O valor previsto é R$ 4.750,00, mas recebemos R$ 2.582,00”, relatou um dos profissionais.
Academia rejeita mudança de nome do Hospital Nina Rodrigues

SÃO LUÍS, 10 de março de 2025 – A Academia Maranhense de Letras (AML) manifestou-se contra a possível mudança de nome do Hospital Nina Rodrigues, em São Luís. Em carta divulgada no dia 27 de fevereiro, a instituição defendeu a permanência da homenagem ao médico e antropólogo maranhense, reconhecido por suas contribuições científicas. O debate surgiu após uma ação popular questionar a moralidade da homenagem, citando supostas ideias eugenistas e racistas em sua obra. A AML, presidida por Lourival Serejo, argumentou que Nina Rodrigues foi um dos fundadores da antropologia criminal no Brasil e deixou um legado de mais de 60 obras publicadas. Entre elas, destacam-se “Regime alimentar no Norte do Brasil” (1881), “A Morféia em Andajatuba” (1886) e “O alienado no Direito Civil brasileiro” (1901). Além disso, ele atuou como médico, dedicando-se ao atendimento de populações vulneráveis, o que lhe rendeu o título de “Doutor dos Pobres”.
Hospital é condenado a indenizar paciente por erro em cirurgia

SÃO LUÍS, 14 de janeiro de 2025 – Um hospital particular de São Luís foi condenado a indenizar uma paciente que teve uma tampa de seringa deixada em seu corpo durante uma cirurgia. A decisão, proferida pela 3ª Vara Cível da capital, estabeleceu o pagamento de R$ 35 mil por danos morais, acrescido de correção monetária e juros, além da cobertura das despesas processuais e honorários advocatícios. Segundo a sentença do juiz Márcio Castro Brandão, a paciente estava internada na unidade de saúde para tratar endometriose e adenomiose quando passou pelo procedimento cirúrgico. O corpo estranho foi identificado posteriormente em exame de ressonância magnética. Nos autos, a autora relatou que passou por uma cirurgia na região da pelve e que uma tampa de seringa foi esquecida em seu canal vaginal. O objeto foi detectado por exame de imagem após queixas de dores intensas. A paciente afirmou que não foi informada sobre o ocorrido pelo hospital e precisou buscar atendimento por conta própria para a remoção do material, o que agravou seu estado emocional e psicológico.
SES-MA remove direção de hospital e apura morte de grávidas

PIO XII, 6 de janeiro de 2025 – A Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão (SES-MA) afastou a direção do Hospital Regional de Balsas e instaurou uma comissão para apurar a morte de duas grávidas durante o parto. As famílias das vítimas alegam que houve negligência na escolha do procedimento obstétrico, com a forçação de partos normais em casos que, segundo elas, exigiriam cesarianas de emergência. O secretário estadual de Saúde, Thiago Fernandes, informou durante entrevista à TV Mirante nesta quinta (6) que a decisão de afastar a direção visa garantir a transparência e imparcialidade das investigações. Segundo Fernandes, a situação é inusitada, já que o hospital completava 700 dias sem registro de óbitos maternos. “O que estamos investigando é o porquê da adoção do protocolo clínico que priorizou o parto normal, e se essa decisão foi adequada considerando o quadro das pacientes. Precisamos garantir uma apuração justa e responsável, sem prejulgamentos ao corpo clínico”, afirmou o secretário.
Hospital no MA ganha R$ 22 mi em emendas, mas segue precário

COLINAS, 24 de setembro de 2024 – O hospital municipal de Colinas, cidade natal do governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), recebeu aproximadamente R$ 22 milhões em emendas parlamentares em 2024. Apesar disso, as condições da unidade de saúde são alarmantes. Janelas vedadas com papelão e sacos de lixo denunciam a falta de infraestrutura adequada. Recentemente, uma moradora filmou o interior do hospital, revelando a situação precária. No vídeo, ela mostra um quarto com quatro leitos destinados a pacientes de alta complexidade e critica a falta de higiene do local. Segundo o Fundo Municipal de Saúde de Colinas, em 30 de agosto, o saldo disponível na conta-corrente era de R$ 12,9 milhões.
Lotação no Hospital SLZ preocupa pacientes e acompanhantes

SÃO LUÍS, 10 de setembro de 2024 – Pacientes do Hospital São Luís (HSLZ) têm demonstrado frustração com a qualidade do atendimento desde que a unidade passou a receber casos de urgência e emergência. A mudança, ocorrida há oito meses, foi causada pela reforma do Hospital Clementino Moura (Socorrão 2). A expectativa inicial era de melhorias, mas os relatos indicam o contrário, com superlotação e atrasos nos atendimentos. Os acompanhantes pedem melhores condições de atendimento, incluindo mais médicos, cadeiras para a sala de espera e um tratamento mais respeitoso. Em resposta às reclamações, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) afirmou que a obra no Socorrão 2 está em andamento, o que levou à necessidade de transferir parte dos atendimentos ao Hospital São Luís.
Médicos do Hospital Presidente Vargas vão paralisar nesta semana

PRESIDENTE DUTRA, 8 de abril de 2024 – Profissionais de saúde do Hospital Presidente Vargas, referência no tratamento de doenças infecciosas, estão prestes a cruzar os braços. O motivo é o atraso no pagamento de salários, que já se arrasta desde janeiro. Em meio a esse cenário, os médicos enfrentam também graves problemas estruturais na unidade, incluindo a falta de medicamentos essenciais para o tratamento dos pacientes e até mesmo a escassez de papel para impressão de receitas médicas, levando-os a custear esses materiais do próprio bolso. O anúncio da paralisação foi formalizado em um manifesto encaminhado à direção geral do hospital, assinado por diversos profissionais de saúde, como psiquiatras, reumatologistas e pneumologistas, entre outros. No documento, os médicos deixaram claro que manterão apenas o atendimento aos pacientes já internados no dia 10 de abril, data marcada para o início da greve. O Hospital Presidente Vargas trata pacientes com HIV, tuberculose e outras doenças infecciosas graves, recebendo indivíduos de diversos municípios do estado. O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, aumentou em cerca de R$ 16 milhões mensais o repasse para a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão.
Hospital no Maranhão é interditado e tem verbas bloqueadas

LAGOA GRANDE, 14 de novembro de 2023 – O Ministério Público do Maranhão (MPMA) interdidou e bloqueou verbas por 90 dias úteis do Hospital Municipal José Vieira de Melo, localizado em Lagoa Grande do Maranhão. A decisão foi tomada pelo promotor Aarão Carlos Lima Castro, após inspeções realizadas entre agosto e outubro, cujas vistorias abrangeram cinco unidades de saúde nos municípios sob a comarca de Lago da Pedra. Enquanto o Hospital Regional Dr. Rubens Jorge e as unidades Professor Serra de Castro (Lago da Pedra), Alcy Alves Arruda (Lago do Junco) e Raimundo Joaquim de Sousa (Lago dos Rodrigues) receberam recomendações para ajustes, a situação no Hospital Municipal de Lagoa Grande exigiu uma ação mais drástica. Condições inadequadas, que vão desde infraestrutura física precária até a falta de equipe médica, medicamentos, aparelho de raio-x, limpeza e até a presença de caramujos e cupins, levaram à decisão de interdição. Aarão Castro destaca que a medida extrema se justifica pela gravidade da situação em Lagoa Grande, onde acordos com o município não seriam viáveis. A interdição, válida por 90 dias úteis, inclui o bloqueio de recursos destinados à reforma. O MPMA emitiu recomendações aos demais estabelecimentos, focadas em melhorias nos serviços, controle adequado de medicamentos nas farmácias e garantia de equipes de saúde competentes.