Maranhão é 2º estado em adesão ao sistema de combate à fome
MARANHÃO, 25 de junho de 2024 – O Maranhão é o segundo estado com o maior número de municípios integrados ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). Nesta terça (25), o Sisan ampliou seu alcance para 1.081 municípios, com a inclusão de 103 novos municípios. Desde o início da atual gestão do Governo Federal em 2023, 545 cidades foram adicionadas ao sistema, superando o total de 536 adesões entre 2013 e 2022. Em 2024, já foram contabilizadas 459 novas adesões. O Paraná lidera com 289 municípios no Sisan, seguido pelo Maranhão com 116 e Pará com 84. Com a recente inclusão de Palmas, o sistema agora abrange 19 das 26 capitais brasileiras, além do Distrito Federal, estando presente em todas as regiões do país.
MA: Quase 200 mil enfrentam insegurança alimentar grave
MARANHÃO, 26 de abril de 2024 – De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Segurança Alimentar 2023, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 189 mil maranhenses estão enfrentando uma situação de insegurança alimentar grave, caracterizada pela fome. Os dados, divulgados nesta quinta (25), apontam que o total de maranhenses vivendo com insegurança alimentar, incluindo situações leves, moderadas ou graves, chega a 1.016.000, enquanto 1.314.000 pessoas desfrutam de segurança alimentar adequada. As regiões Norte e Nordeste apresentam as menores proporções de domicílios com segurança alimentar, com 60,3% e 61,2%, respectivamente. Isso equivale a 3,6 milhões de residências no Norte e 12,7 milhões no Nordeste enfrentando desafios relacionados à alimentação.
Presidente Lula culpa gordos por avanço da fome no Brasil
O presidente Lula afirmou que a fome no Brasil é culpa das pessoas que comem mais do que deveriam. A crítica do presidente afeta, diretamente, 55,7% da população considerada acima do peso por estudo divulgado pelo Ministério da Saúde em 2019. “Se produzimos alimentos demais nesse país e tem gente com fome, significa que alguém está comendo mais do que deveria para que o outro possa comer pouco. Significa que estamos desperdiçando alimento. Significa que alguma coisa está errada.” A fala do presidente aconteceu durante a cerimônia de recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) ontem (28 de fevereiro). Além das críticas aos brasileiros que comem demais, o presidente também reclamou dos hábitos alimentares dos brasileiros. “As pessoas comem muita comida industrializada e pensam que são saudáveis”, disse o petista. “Tem gente morrendo de fome, e gente morrendo de gordura.” Para manter a tradição, Lula voltou a condenar a pobreza pela fome. “E a mais errada de todas é que as pessoas não têm dinheiro para comprar o que comer. Se tivessem dinheiro, iria muita gente querer produzir, iria aumentar a produção, e a gente então teria os alimentos necessários”, disse.
Simplício diz que já teria resolvido problema da fome se fosse governador
Em entrevista ontem a uma emissora de rádio o candidato Simplício, do Solidariedade, apontou vários problemas atuais no Maranhão e que precisam de uma posição urgente do governo do estado. Colocando exemplos de como resolveu o problema da falta de respiradores durante a pandemia, álcool 70 e principalmente de oxigênio, Simplício disse que “é um absurdo que os candidatos que são meus adversários tenham em seus palanques deputados e senadores que movimentaram mais de 2,6 bilhões nos últimos meses e a gente não visualize geração de empregos e diminuição da pobreza, ninguém sabe onde esses recursos foram parar”. Simplício disse que se fosse ele o governador hoje, “ninguém no Maranhão falaria em fome e desse problema de telefonia celular que atinge todo o estado. É gente prometendo internet na velocidade de foguete, enquanto a gente não consegue nem fazer uma simples ligação de celular”, e completou: “Iremos recuperar a auto estima e a esperança dos maranhenses, ninguém aguenta mais tanto político ficando milionário como num passe de mágica. Quero trazer de volta a crença e esperança em dias melhores, fazer do Maranhão, um estado empreendedor”.
Miséria estabelecida no Maranhão ganha repercussão nacional
Uma reportagem do programa Globo Rural, da TV Globo, exibida neste domingo (19/06) mostrou a situação de miséria estabelecida no Maranhão. Segundo um levantamento feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), a fome atinge mais de 18% dos domicílios nas áreas rurais , o que representa quase um milhão de casas. E o Maranhão foi pego como exemplo utilizando moradores das zonas rurais das cidades de Santa Rita e Itapecuru-Mirim. Além disso, são mais 14 milhões de pessoas com fome, de acordo com o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, lançado na semana passada. Em apenas um ano, o número de brasileiros sem ter o que comer saltou de 19 milhões para 33,1 milhões. Assista a reportagem aqui.
Imprensa nacional destaca cenário de miséria no Maranhão
A edição do Bom Dia Brasil da manhã desta segunda (13/06) trouxe uma matéria que tratou sobre o levantamento da Fundação Abrinq, apresentando o crescimento em 33% do número de crianças e adolescentes trabalhando de forma irregular no país. Na ocasião, a reportagem mencionou que fiscais do Ministério do Trabalho encontraram um menino de 14 anos trabalhando em um lixão, no Maranhão, e exibiu a cena que reflete o aumento da fome e da miséria no estado. “Talvez a pior forma de trabalho infantil pela insalubridade, pelos riscos ocupacionais, pelos riscos à saúde”, disse Léa Cristina Leda, auditora-fiscal do Trabalho. A Legislação Brasileira permite o trabalho de adolescentes com 14 e 15 anos na condição de aprendiz. E, a partir dos 16 anos, com o registro em carteira de trabalho, vai seguindo uma série de regras. Trabalhos perigosos ou insalubres são vedados aos menores de 18 anos. No entanto, segundo dados da Abrinq, a ano de 2021 terminou com mais de 1,2 milhão de jovens entre 14 a 17 anos em situação de trabalho infantil. “O estado precisa fazer um investimento na proteção social das famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica, pois atrás de uma criança e adolescente que está em situação de trabalho infantil temos uma família em vulnerabilidade”, afirmou Ana Maria Villa Real, coordenadora do Combate ao Trabalho Infantil/MPT.
Maranhenses já passavam fome antes da pandemia
O Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) deve estragar os planos do governador Flávio Dino em culpar o presidente Jair Bolsonaro e/ou a pandemia por seu fracasso à frente do governo do Maranhão. Dados do IBGE mostram que em 2018, ano da reeleição de Flávio Dino, 62,2% dos lares maranhenses apresentavam situação de insegurança alimentar. Os dados foram resgatados pelo jornal “Hora 1”, da Rede Globo, ontem (1). A pesquisa levou em conta apenas moradores em domicílios permanentes, sendo excluídas do levantamento pessoas em situação de rua. Dessa forma, a realidade deve ser ainda mais dura do que os números mostrados pelo IBGE. Segundo o estudo, cerca de 1,3 milhões de lares maranhenses passam por esse tipo de situação. Destes, 31% passam fome cotidianamente. O percentual no Maranhão após quatro anos de Flávio Dino é maior da média do Nordeste, que ultrapassa 20%. Outros 69% dos lares maranhenses possuem dificuldade no acesso à alimentação e não fazem as devidas refeições para uma vida saudável. O período de realização da POF 2017-2018 teve início no dia 11 de julho de 2017 e término no dia 9 de julho de 2018.