Sindicato vê colapso financeiro e estrutural nos Correios

BRASIL, 06 de junho de 2025 – Os Correios enfrentam uma grave crise financeira e operacional, segundo denúncias do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos de São Paulo (Sintect-SP). Entre os problemas citados estão atrasos no pagamento de fornecedores, suspensão do abastecimento de veículos e dificuldades no plano de saúde dos funcionários. O diretor do sindicato, Douglas Melo, classificou a situação como um “colapso”. Motoristas terceirizados paralisaram atividades devido a atrasos nos pagamentos, prejudicando centros de distribuição em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo Melo, toneladas de encomendas estão paradas sem previsão de entrega. Além disso, postos de combustível suspenderam o abastecimento da frota própria por inadimplência.
Governo prevê colapso em 2027, mas ignora rever precatórios

BRASÍLIA, 16 de abril de 2025 – O governo federal enviou ao Congresso a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026 com o risco das contas públicas entrarem em colapso já em 2027. As despesas obrigatórias devem saltar de R$ 2,39 trilhões em 2026 para R$ 2,84 trilhões em 2029, enquanto o espaço para investimentos despenca de R$ 208 bilhões para irrisórios R$ 8,9 bilhões – valor 19 vezes menor que o piso de R$ 170 bilhões estabelecido pelo próprio arcabouço fiscal. A ironia? Justamente o item que mais pesa no Orçamento – os precatórios – foi convenientemente deixado de fora da revisão de gastos, que só em 2026 consumirão R$ 115,7 bilhões (equivalente a 55% de todo o orçamento discricionário do ano) e atingirão R$ 144 bilhões em 2029. Mas, em vez de enfrentar o problema, o Planalto prefere adiar a discussão – quiçá para depois das eleições de 2026, quando o assunto será, digamos, “herança” do próximo governo. Enquanto isso, medidas como revisão de benefícios previdenciários renderão economia 43% menor que a projetada em 2023.