Governo contribui para manter desigualdade no MA, diz Lula

Lula Maranhão

SÃO LUÍS, 15 de outubro de 2024 – Na sessão desta terça (15), o deputado estadual Carlos Lula subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão para tratar sobre a valorização dos professores. Ele ressaltou que, desde o início dos anos 2000, houve avanços no acesso à educação, mas o reconhecimento da classe docente ainda é insuficiente. “Precisamos avançar mais, melhorar nossos indicadores e oferecer mais escolas em tempo integral”, afirmou. Lula recordou que, até o governo de José Reinaldo, metade dos municípios maranhenses não contava com ensino médio. Ele destacou a importância dessa iniciativa, mas criticou a persistência de desigualdades que afetam a educação. “Dizer na cara de todo mundo: o Maranhão é extremamente desigual e o estado contribui para que essa desigualdade se perpetue e é isso que a gente não pode permitir”, disse. VALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES Ao abordar a desvalorização histórica dos professores, Carlos Lula citou a Lei de 1827, que estipulava salários para a categoria. O parlamentar comparou os valores daquela época com os de hoje, indicando que houve pouco progresso na remuneração dos docentes. Ele também mencionou pesquisas que apontam a percepção da sociedade sobre a dificuldade da profissão. “A profissão de professor é tão ou mais difícil do que outras, como a de médico ou engenheiro, mas apenas 25% dos brasileiros acreditam que eles são valorizados”, pontuou.

Deputado Carlos Lula revela tensão com governo Brandão

Governo Brandão

SÃO LUÍS, 17 de julho de 2024 – O deputado estadual Carlos Lula (PSB) afirmou nesta quarta (17), em entrevista ao quadro Bastidores do Bom Dia Mirante, que a relação com o governo de Carlos Brandão (PSB) enfrenta dificuldades. Segundo ele, a gestão atual não aceita críticas construtivas e isso tem gerado tensões. Carlos Lula comentou que a relação com o governo “já esteve melhor; hoje não está tão bem”. “A gente tem um governo de base ampla e ele tem que ter sabedoria para conter crises e saber escutar críticas. E as vezes o governo não tem paciência para escutar críticas. E acaba empurrando um pedaço da sua base pra oposição. Eu digo isso com muita tranquilidade.” O parlamentar destacou a importância da gestão estadual ter sabedoria para conter crises e escutar críticas. Segundo Lula, a falta de paciência para ouvir opiniões acaba empurrando parte da base governista para a oposição.

A metamorfose ambulante de Carlos Lula

Em um mundo ideal, onde a lógica e a ética reinam supremas, os atos de um homem seriam o espelho de suas palavras. No entanto, na arena política, onde as sombras da conveniência e da oportunidade se entrelaçam, o idealismo tende a ser maus uma relíquia do passado do que uma prática contemporânea. Na manhã desta terça (27), deputados discutiram na Assembleia Legislativa o processo de escolha de um novo conselheiro para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) no Maranhão. Situação que ofereceu um vislumbre da realidade distorcida, onde o deputado Carlos Lula, aspirante à vaga de conselheiro, ocupou uma encruzilhada de contradições inexplicáveis. Carlos Lula, armado com a retórica de querer preservar a prerrogativa do legislativo maranhense, lançou sua candidatura contra o apoio do Palácio dos Leões ao advogado Flávio Costa. Curiosamente, ele ameaça judicializar o processo baseando-se em supostas falhas técnicas e inconstitucionalidades. Ocorre que Lula foi lembrado pela presidente da Casa, Iracema Vale (PSB), que nunca expressou tais preocupações anteriormente, mesmo tendo votado como deputado em outras ocasiões para membros do TCE e servindo como assessor jurídico da casa por longos anos em outros. Por que a coisa mudou justo agora? A ironia dessa situação não pode ser contida em uma caixa, é preciso um contêiner. Um homem que, por muito tempo, navegou pelas águas tranquilas do processo de escolha de membros do TCE, sem nunca agitar as ondas da discordância, subitamente encontra-se na tempestade da contestação, no exato momento em que decide lançar sua própria candidatura. Carlos Lula age como se fosse um jogador de xadrez que, após anos jogando com as peças brancas, acusasse o tabuleiro de sempre esteve inclinado somente quando é sua vez de jogar com as peças pretas. A questão, na verdade, não é sobre a legitimidade de questionar o processo – um direito inalienável em qualquer democracia – mas sim sobre o timing conveniente dessas dúvidas. A crítica sutil, porém pontiaguda, de Iracema Vale, destila a essência deste drama: a estranha coincidência do surgimento dessas preocupações com a candidatura de Lula. Pode-se argumentar que em política, assim como na guerra e no amor, tudo é justo. No entanto, o respeito pela coerência e pela integridade não deveria ser sacrificado no altar das ambições pessoais. A atitude de Lula, embora possa ser vista como uma estratégia astuta por alguns, reflete uma desconexão entre a prática de longa data e a retórica de momento – uma espécie de amnésia seletiva que afeta convenientemente a memória quando o cenário se torna pessoalmente vantajoso. Em conclusão, enquanto observamos este teatro de ambições, onde as cortinas se abrem para revelar não apenas os atores, mas também suas sombras, somos lembrados de que a verdadeira integridade na política é rara. E na rara ocasião em que ela brilha, muitas vezes é ofuscada pelo brilho cegante das lanternas da oportunidade e da conveniência.

Deputada Mical solicita veto de Brandão a projeto de vacinação

Mical Lula

SÃO LUÍS, 08 de novembro de 2023 – A deputada Mical Damasceno (PSD) fez um pedido nesta quarta (07) para que o governador Carlos Brandão (PSB) vete o projeto de lei aprovado ontem na Assembleia Legislativa. O projeto torna obrigatória a apresentação da carteira de vacinação atualizada para a matrícula de alunos na rede estadual de ensino. A proposta recebeu votos contrários de Mical, Yglésio Moyses (sem partido), Neto Evangelista (PSDB) e Ariston Ribeiro (PSB). Carlos Lula (PSB) defendeu o projeto, esclarecendo que ele não impõe a obrigatoriedade de vacinas para a matrícula. Ele enfatizou que a medida é uma articulação entre as políticas de saúde e educação, a fim de garantir o controle da vacinação pelos estabelecimentos de ensino. O projeto não prevê penalidades para os responsáveis que não apresentarem a carteira de vacinação em dia.

Carlos Lula não descarta concorrer em Paço do Lumiar

Lula eleições

SÃO LUÍS, 27 de outubro de 2023 – O deputado estadual Carlos Lula (PSB) não descartou disputar a eleição para Prefeitura de Paço do Lumiar, na região metropolitana de São Luís, ano que vem. Questionado sobre o assunto nesta sexta (27), durante entrevista coletiva na qual ele declarou apoio ao seu colega de partido, deputado federal Duarte Júnior, em São Luís, o ex-secretário de Estado da Saúde afirmou que, caso seja o desejo da maioria, “este é um projeto que deve ser construído coletivamente, tendo a direção da prefeita Paula Azevedo (PC do B), já reeleita”. Lula mostrou-se animado com resultados de pesquisas, cujos números, ele teve acesso recentemente. “Não descarto [concorrer à prefeito]. Mas temos que construir, se for o caso, coletivamente e sob o comando da prefeita Paula”, disse. Atualmente, do campo de Paula Azevedo, apenas o vereador e presidente da Câmara Municipal, Jorge Maru (Republicanos), trabalha sua pré-candidatura abertamente – reveja. Recentemente, o advogado e ex-vereador, Fred Campos (MDB), obteve decisão favorável na Justiça que lhe garantiu o direito de participar do pleito. Tanto Paula, quando Fred, são aliados do governador Carlos Brandão (PSB).

Eduardo Braide irá subverter a política tradicional?

SÃO LUÍS, 18 de agosto de 2023 – Após a eleição de Flávio Dino em 2014, vendida como um confronto de gerações que, após alguns anos, mostrou-se mais do mesmo, Eduardo Braide protagoniza a mais relevante disputa política no estado nos últimos anos. O choque entre a nova fórmula de fazer política, individual e centrada na relação direta com o povo, de um lado; do outro, a ortodoxia das alianças e do apoio de políticos que ocupam a função de “atravessadores” do voto. No início de sua trajetória política, Eduardo Braide optou pelos caminhos tradicionais. Como resultado, perdeu uma eleição para deputado federal e não conseguiu sequer eleger-se vereador de São Luís nas eleições de 2008. Após duas tentativas, tornou-se deputado estadual. Nas eleições de 2016, decidiu seguir um caminho solitário. Tudo indicava que a campanha sem alianças, sem tempo de televisão e distribuindo santinhos pelas ruas iria resultar em um retumbante fracasso. Na reta final, Braide aniquilou Wellington do Curso, que ocupava o segundo lugar nas pesquisas. Em uma arrancada histórica, foi para o 2º turno com cerca de 8 mil votos a mais que Wellington. Derrotado na última etapa da campanha, Braide foi eleito deputado federal com avassaladores 189.843 votos dois anos depois. Em 2020, fez concessões à política que abandonara em 2016 e tornou-se prefeito de São Luís. Enfrentou o uso pornográfico da máquina do Governo do Estado, visível em um consórcio de candidatos tutelados por Flávio Dino. Após a vitória, Braide conseguiu vencer a desconfiança pós-pandemia e, em um lance de sorte e azar, teve que enfrentar uma variante da COVID-19 que lhe garantiu vigoroso apoio do Governo Federal. Com a popularidade em alta, virou as costas para a política tradicional assim como em 2016. Veio então uma crise com aliados e com a Câmara de Vereadores, que muitos apontavam como o início do fim. Com o vácuo deixado por Braide, cresceu o vereador Paulo Victor. Eleito presidente da Câmara na esteira da omissão política do prefeito, Paulo Victor juntou-se ao deputado federal Duarte Jr. na tentativa de tornar-se o antagonista de Braide. A eles também se juntaram os deputados estaduais Yglésio Moyses, Neto Evangelista, Carlos Lula e o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim. Entre todos os pré-candidatos que já manifestaram a intenção de disputar as eleições do próximo ano, pelo menos até agora, o único que ainda não alfinetou o prefeito foi o historiador e advogado Diogo Gualhardo, que disputa com Bonfim a preferência do NOVO para a disputa. Além de Braide e do próprio Diogo, o ex-secretário Simplício Araújo e Yglésio também apostam suas fichas em uma forma de fazer política mais voltada para o eleitor e menos para os políticos. Contudo, há uma impressão de que sozinho, não se leva. Após a inauguração do período de “temporada de caça ao Braide”, vieram duas pesquisas sobre a popularidade do prefeito nesta semana… Segundo as duas, o prefeito possui uma aprovação folgada que supera, em muito, mais da metade da população da cidade. Caso Braide mantenha-se firme na decisão de marchar sozinho, ou marchar com poucos, no próximo ano teremos o embate entre dois tipos de política bem distintos. O prefeito irá subverter a política tradicional?

A pesquisa fajuta EPO sobre o cenário político em São Luís

EPO

REDE DE MENTIRAS: O Maranhão ganhou mais um instituo de pesquisa. Trata-se do EPO (Estratégia Pesquisas de Opinião), que divulgou uma pesquisa de caráter duvidoso sobre o ambiente político. Por que duvidosa? Pelo simples fato de praticar o esporte preferido dos institutos de pesquisa: impor delírios como se estes fossem dados da realidade. FOREST GUMP: Com todo respeito à vereadora Fátima Araújo (PCdoB), mas divulgar uma pesquisa em que a parlamentar ocupa o posto de mais influente da Câmara Municipal é acreditar que o consumidor de pesquisas é burro. Pior que isso: Fátima Araújo possui quase o triplo de impressões sobre sua influência na Câmara do que o presidente da Casa, Paulo Victor (PCdoB). A lista dos vereadores mais atuantes é a seguinte: Fátima Araújo (4,2%), Marquinhos (3,8%), Andrey Monteiro (3%), Nato Júnior (2,4%), Marcial Lima (1,8%), Beto Castro (1,6%), Daniel Oliveira (1,6%), Astro de Ogum (1,6%), Paulo Victor (1,6%) e Raimundo Penha (1,4%). A TEORIA DE TUDO: Uma gota de retranca na realidade aqui e outra acolá em um enorme oceano de delírios. Esta é a análise da pesquisa do tal EPO. Em relação aos vereadores, uma análise rápida da exposição, articulação e prestígio político dos parlamentares da Câmara de São Luís mostra ser IMPOSSÍVEL a liderança de Fátima Araújo no quesito atuação. Fátima Araújo não está no núcleo político da casa, não protagoniza discussões, não lidera, não faz oposição e nem defesa da gestão municipal, não apresentou projetos de apelo popular e muito menos envolveu-se em situações de grande ressonância social nos últimos meses. Os números da pesquisa são desconexos de qualquer relação MÍNIMA com a realidade. É óbvio que a situação não pode ser uma mentira escancarada ou, talvez, tratar-se apenas de um erro metodológico. Contudo, se a seriedade e rigor científico fossem parâmetros do tal instituto, uma aberração desta natureza não seria publicada como o foi. OS FANTASMAS SE DIVERTEM: As eleições de 2022 trouxeram um dado da realidade dificultoso para o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr: em uma disputa com outros políticos sem atuação na cidade, ele conseguiu terminar em 4º lugar. O desempenho de Edivaldo, de certa forma, liquidou as pretensões políticas futuras do ex-prefeito. Contudo, para o EPO, nada aconteceu em 2022 que pudesse abalar Holanda. Na pesquisa divulgada pelo instituto, o ex-pedetista aparece em 3º lugar das intenções e teve um crescimento de quase 50% em relação ao eleitorado da capital em uma eleição majoritária. O EPO iniciou sua jornada divulgando uma pesquisa que traz diversas inconsistências. O CULTO: No mais, é decepcionante constatar a corrida para analisar a tal pesquisa e usar seus números fajutos para prever alguma coisa. Em tempos de clamor pela ciência, é bom ouvir os conselhos de Karl Popper. O filósofo dizia que não se busca nas coisas que sustentam uma tese a meta de sua validação, mas naquelas que a desabonam, que a negam. Este foi chamado de o “princípio da falseabilidade”. Se uma parte, ou várias partes, está errada, a tese/estudo/teoria não serve. Usar a pesquisa EPO como ponto de partida para qualquer análise política é como ter na fábrica do Papai Noel o parâmetro para a oferta de presentes no Natal. É isso.

Carlos Lula critica Projeto de Lei que protege políticos e réus

Carlos Lula crítica

SÃO LUÍS, 15 de junho de 2023 – O deputado estadual Carlos Lula (PSB) condenou a aprovação do Projeto de Lei 2720/23 na Câmara Federal, que tipifica como crime a discriminação de políticos e réus em processos pendentes de julgamento. Segundo o texto, essa conduta pode resultar em pena de 2 a 4 anos de reclusão, além de multa. Carlos Lula ressaltou que essa medida cria uma separação entre a sociedade e os políticos, argumentando que os políticos não são uma classe superior à sociedade e não merecem esse tipo de proteção legal. O parlamentar enfatizou que o projeto representa um equívoco significativo e criticou a criminalização da discriminação de pessoas politicamente expostas, inclusive a crítica a políticos ou pessoas politicamente expostas. “Políticos não são uma classe superior à sociedade e não devem acreditar que merecem essa proteção da legislação federal. Temos dois equívocos absurdos nesse projeto, infelizmente aprovado na Câmara dos Deputados e agora seguindo para o Senado”, afirmou. O PL define como “pessoas politicamente expostas” as autoridades eleitas e ocupantes de altos cargos nos três poderes e nas três esferas de governo. O texto também inclui aqueles que estão sob investigação preliminar, inquérito ou qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, além de pessoas que são rés em processos judiciais em andamento. Se aprovada, a lei também protegerá familiares e “colaboradores próximos” dessas pessoas. Carlos Lula questionou a relevância desse projeto diante dos inúmeros problemas enfrentados pelo país. Ele levantou dúvidas sobre se esse é realmente o problema real que o Brasil precisa enfrentar, destacando a criminalização do não fornecimento de contas bancárias para deputados, prefeitos ou vereadores. “Diante de tantos problemas que temos no país, não faz sentido que a resposta seja um Projeto de Lei aprovado no Congresso que torna crime um banco não abrir uma conta para um deputado, prefeito ou vereador. Será que esse é o problema real do Brasil? Será que é esse o problema real que as pessoas querem que enfrentemos?”, questionou. A autora do projeto é a deputada Dani Cunha (União-RJ), filha de Eduardo Cunha, que foi condenado a 16 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas teve sua decisão anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) este ano.

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