Rombo nas contas externas do Brasil atinge US$ 8,66 bilhões

Brasil rombo

BRASIL, 27 de fevereiro de 2025 – O Brasil registrou um déficit de US$ 8,66 bilhões em suas contas externas em janeiro de 2025, segundo o Banco Central. Esse é o maior saldo negativo para o mês desde 2020, quando a série histórica começou. O valor representa um aumento de 96,4% em relação a janeiro de 2024. As contas externas incluem a balança comercial, serviços adquiridos no exterior e transferências de renda, como remessas de lucros e dividendos. A conta de serviços, que engloba gastos com viagens, transportes e outros serviços contratados no exterior, registrou um déficit de US$ 4,55 bilhões, acima dos US$ 3,53 bilhões de janeiro de 2024.

Dívida do Brasil é a 3ª maior entre 20 países emergentes

Dívida economia

SÃO LUÍS, 14 de janeiro de 2025 – A dívida pública brasileira se tornou o principal ponto de preocupação a respeito da economia brasileira, e é o que tem colaborado para a desconfiança de investidores – que são quem dá o dinheiro que a financia – e para os altos níveis do dólar e dos juros do país nos últimos anos. É também o principal ponto que ainda impede o Brasil de ter uma nota de crédito melhor e retomar o grau de investimento, de acordo com as próprias agências que fazem as classificações de risco. Ela não só cresceu enormemente na última década – saiu de 54% do PIB em 2014 para 76% no ano passado, de acordo com o Banco Central -, como, principalmente, está entre as maiores do mundo emergente. Em um grupo de vinte das principais economias em desenvolvimento, a dívida brasileira é proporcionalmente a terceira maior, atrás apenas da Bolívia e da Argentina. A comparação internacional leva em consideração a metodologia do Fundo Monetário Internacional (FMI), que usa uma conta um pouco diferente do padrão utilizado pelo Tesouro Nacional internamente, e por isso os números são maiores. As tendências entre os dois números, entretanto, costumam caminhar juntas. De acordo com o FMI, a dívida brasileira chegou a 87% do PIB no ano ano passado, muito acima de outros países semelhantes como México (57,7%), Colômbia (55,8%) ou Chile (41%). Por outro lado, o Brasil, junto à Turquia, é o único país onde a proporção da dívida em relação ao PIB, depois de um pico em 2020, chegou a 2024 sem ter crescido na comparação com 2019, antes do estouro da pandemia, quando o endividamento público cresceu no mundo inteiro. A dívida pública brasileira está praticamente estável na comparação com o pré-pandemia. Ela saiu de 87,1% do PIB em 2019 para 87,6% em 2024, pelos números do FMI, um aumento de 0,5 ponto percentual.

Brasil tem pior posição no índice de percepção de corrupção

Brasil

BRASIL, 11 de janeiro de 2025 – O Brasil alcançou a 107ª posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) 2024, divulgado pela Transparência Internacional. O Brasil está empatado com Nepal, Argélia, Malauí, Níger, Tailândia e Turquia, registrando seu pior desempenho desde o início da série histórica, em 2012. A falta de posicionamento do presidente Lula (PT) sobre pautas anticorrupção influenciou negativamente o resultado. A permanência do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, mesmo após indiciamento pela Polícia Federal por corrupção passiva, fraude em licitação e organização criminosa, também contribuiu para a queda. O relatório cita a retomada da influência de empresários envolvidos em práticas irregulares. Em maio, os irmãos Joesley e Wesley Batista, do Grupo J&F, participaram de uma reunião no Palácio do Planalto com a presença do presidente Lula. Além disso, decisões do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anularam sanções de acordos de leniência, beneficiando a empreiteira Novonor (antiga Odebrecht), que deixou de pagar R$ 8,5 bilhões, e o Grupo J&F, que teve uma multa de R$ 10,3 bilhões cancelada. A Transparência Internacional destacou conflitos de interesse recorrentes envolvendo magistrados. Há referências a julgamentos que beneficiaram escritórios de advogados com laços familiares e a práticas de lobby judicial. Em 2023, investigações revelaram a atuação de lobistas e advogados em tribunais superiores para influenciar decisões, levantando suspeitas sobre ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Brasil assume liderança e tem a maior taxa de juros do mundo

Juros ranking

BRASÍLIA, 31 de janeiro de 2025 – O Brasil assumiu a liderança mundial na taxa real de juros nesta sexta (31). O levantamento foi realizado pelo economista Jason Vieira, do site MoneYou. A posição decorre da elevação de um ponto percentual na Selic, decidida na quarta (29), pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, e da redução de três pontos nos juros argentinos na quinta (30). Até então, a Argentina liderava o ranking global. Com o corte promovido pelo Banco Central argentino, a taxa de juros real do país vizinho caiu de 9,3% para 6,1%. No Brasil, o juro real alcançou 9,1%, consolidando a liderança.

6,9 milhões de empresas encerram 2024 com dívidas em aberto

Empresas inadimplentes

BRASIL, 31 de janeiro de 2025 – O Brasil encerrou 2024 com 6,9 milhões de empresas inadimplentes, de acordo com o Indicador de Inadimplência da Serasa Experian. O número representa 31,6% das companhias ativas no país, um aumento de 300 mil negócios com dívidas atrasadas em comparação com dezembro de 2023. O setor de serviços foi o mais impactado, com 55,3% das empresas com débitos. O comércio ocupou o segundo lugar, respondendo por 35,4% do total de inadimplentes. A indústria representou 8,0%, enquanto o setor primário e outras categorias somaram 1,0% e 0,3%, respectivamente.

Dengue: 2025 registra o 2º maior nº de casos da história

Dengue Brasil

BRASIL, 21 de janeiro de 2025 – O Brasil iniciou 2025 com o segundo maior registro de casos de dengue da história, apesar de uma queda significativa em relação ao ano anterior. As autoridades de saúde permanecem em alerta diante da situação. Nas duas primeiras semanas do ano, foram confirmadas cinco mortes causadas pela doença, enquanto outras 69 estão sob investigação. Em comparação ao mesmo período de 2024, houve uma redução de 48,7% nos casos prováveis, mas os números continuam preocupantes para as autoridades. CENÁRIO DA DENGUE EM 2024 O Brasil registrou, em 2024, um recorde de 6,6 milhões de casos prováveis de dengue, resultando em 6 mil mortes confirmadas. Além disso, 831 óbitos ainda estão sob investigação. Os estados com maior incidência em relação à população foram Acre, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso e Paraná. Em termos absolutos, São Paulo liderou com 30,3 mil casos. O Ministério da Saúde atribui o aumento ao impacto da pandemia de covid-19, que interrompeu as atividades de controle do mosquito transmissor em 2020. “Ao final de 2023 e início de 2024, os índices de infestação pelo mosquito, ou seja, os porcentuais de casas com ovos ou larvas, eram muito altos no Brasil”, afirmou Rivaldo Venâncio da Cunha, secretário de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

Brasil tem o segundo Legislativo mais corrupto do mundo

Brasil corrupção

BRASIL, 15 de janeiro de 2025 – O Brasil é considerado o 2º Legislativo mais corrupto, de acordo com o Rule of Law Index (Índice de Estado de Direito), publicado pelo WJP (World Justice Project), uma organização independente. O país perde só para o Haiti, que teve uma pontuação de 0,053, contra 0,081 dos congressistas brasileiros. Em 2024, sob a gestão do presidente Lula (PT), o país ocupou a 77ª posição, com uma pontuação de 0,45 no critério de Ausência de Corrupção. PARCIALIDADE DO JUDICIÁRIO O Brasil teve seu pior desempenho na categoria Justiça Criminal, onde ocupa a 113ª posição entre os 142 países avaliados. Nesta área, o país registrou uma pontuação de 0,33 em uma escala de 0 a 1, abaixo da média global de 0,47. Entre os 7 indicadores analisados pelo World Justice Project nessa categoria, o Brasil teve o pior resultado na imparcialidade do Judiciário, alcançando só 0,10 ponto. O país ficou empatado com a Venezuela, liderada por Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido de Venezuela, esquerda).

Brasil registra recorde de pedidos de recuperação judicial

Brasil Recuperação

BRASIL, 15 de janeiro de 2025 – O Brasil registrou, em 2024, o maior número de pedidos de recuperação judicial desde o início da série histórica, em 2005. Até outubro, foram protocoladas 1.927 solicitações, superando o recorde anterior de 1.863 pedidos em 2016. A expectativa é de que o número ultrapasse 2,2 mil até o final do ano. Os dados consolidados serão divulgados pelo Serasa nas próximas semanas. Segundo Filipe Denki, especialista em reestruturação empresarial e sócio do Lara Martins Advogados, o aumento reflete fatores como altas taxas de juros, inadimplência crescente e inflação persistente. Ele também destacou a infraestrutura precária e o crescimento expressivo de pedidos no setor do agronegócio, especialmente entre produtores rurais de regime de pessoa física. PERSPECTIVAS PARA 2025 Denki aponta que o cenário econômico para 2025 será desafiador para o Brasil. A inflação acima da meta de 3%, a possível alta da taxa Selic, projetada para atingir 15%, e o crescimento econômico modesto de 2%, segundo o Banco Central, são elementos que dificultam a recuperação. Além disso, o especialista ressalta o impacto do desequilíbrio fiscal. “Os gastos públicos seguem crescendo acima das receitas, e a eficácia do novo arcabouço fiscal será fundamental para a sustentabilidade das contas públicas”, afirma.

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