Ministro Barroso alega que não quis ofender bolsonaristas
BRASÍLIA, 13 de julho de 2023 – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, comentou sua declaração durante o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), que gerou repercussão negativa. Na ocasião, o magistrado mencionou a “derrota do bolsonarismo”. “Ontem, durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes, utilizei a expressão ‘derrotamos o bolsonarismo’, quando na verdade estava me referindo ao extremismo golpista e violento que se manifestou em 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria. Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente, nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas”, afirmou a nota na íntegra. Barroso recebeu aplausos, mas também vaias durante seu discurso no evento, na noite da última quarta (12). Apesar de afirmar que o direito à manifestação é sagrado, ele declarou que o grupo estava “reproduzindo o bolsonarismo”. O ministro comparou a “resistência” dos estudantes à censura da ditadura militar (1964-1985) e afirmou que também venceria esse desafio. “Nós derrotamos a censura, a tortura e o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, destacou o ministro do STF. Durante o evento, estudantes ligados à Juventude Faísca Revolucionária e ao Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT) exibiram faixas contra Barroso e a favor do piso. Em uma nota, a presidente da UNE, Bruna Brelaz, repudiou a “atitude antidemocrática de grupos minoritários” contra o ministro. A declaração desagradou aos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os deputados federais Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ) e Nikolas Ferreira (PL-MG), anunciaram que devem ingressar entrar com um pedido de impeachment contra o ministro. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também criticou a fala de Luís Roberto Barroso, descrevendo-a como “inadequada, inoportuna e infeliz”. “A presença do ministro em um evento de natureza política, com uma declaração de natureza política, é algo infeliz, inadequado e inoportuno. Espero que o ministro Luís Roberto Barroso reflita sobre isso e, eventualmente, se retrate em sua posição de ministro do STF e prestes a assumir a presidência da Suprema Corte”, declarou Pacheco.
Barroso nega explicações de Dino sobre urnas e ataca bolsonarismo
BRASÍLIA, 12 de julho de 2023 – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, negou nesta quarta (12) um pedido feito por deputados bolsonaristas para intimar o ministro da Justiça, Flávio Dino, a prestar esclarecimentos sobre críticas antigas feitas às urnas eletrônicas. As declarações de Dino, realizadas entre 2012 e 2014, questionavam a segurança dos aparelhos. Relembre o caso clicando aqui. A ação movida por mais de 30 parlamentares bolsonaristas, incluindo Eduardo Bolsonaro, Bia Kicis e Nikolas Ferreira, solicitava que Dino explicasse suas falas. Em sua decisão, o ministro Barroso argumentou que não cabe ao STF pedir explicações sobre uma fala que configuraria crime de natureza cível. Além disso, ele apontou que a petição inicial dos deputados não mencionava dúvidas específicas sobre as declarações de Dino. A discussão em torno das urnas eletrônicas ganhou destaque ao longo do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, que recentemente foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a oito anos de inelegibilidade por questionar a lisura do processo eleitoral e realizar uma reunião com embaixadores e diplomatas estrangeiros para apresentar críticas ao sistema eleitoral. Flávio Dino, que não havia comentado as críticas antigas a respeito das urnas eletrônicas, comemorou a decisão do STF, afirmando que mais uma ação judicial proposta pela extrema-direita contra ele havia sido arquivada. Hoje mais uma ação judicial proposta contra mim pela extrema-direita foi arquivada. São diversos indeferimentos de ações delirantes, até para eu ser preso. Enquanto isso, sigo fazendo meu trabalho, com base na Constituição e nas leis, com a consciência tranquila e muita fé — Flávio Dino ???????? (@FlavioDino) July 12, 2023 Enquanto isso, no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), o ministro Barroso enfrentou vaias de um grupo relacionado à enfermagem. Durante seu discurso, ele enfatizou a importância da democracia, declarando que enfrentou a ditadura e o bolsonarismo e não se preocupa. O magistrado também ressaltou a conquista da liberdade de expressão e o enfrentamento ao bolsonarismo para garantir a democracia. O Congresso da UNE continua em andamento na capital federal até o dia 15 de julho. A assessoria do ex-presidente Jair Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a declaração do ministro do STF.
Joice Hasselmann é expulsa do PSDB
A ex-deputada Joice Hasselmann foi expulsa do PSDB. O partido divulgou nota nesta quarta (31 de janeiro) em que comunica a expulsão e justifica o ato. “Sua postura arrogante e a forma como sempre tratou pautas e princípios caros ao PSDB sempre trouxe desconforto a quem é tucano por convicção e não por conveniência”, diz a nota. Fernando Alfredo, presidente do Diretório Municipal PSDB da capital, disse que Hasselmann faz comentários que “desrespeitam a ética e integridade do partido, agindo com incoerência e imprudência”. Conhecida por suas polêmicas, a ex-deputada teve 1 milhão de votos nas eleições de 2018 e apenas 14 mil votos nas eleições do ano passado. Para ela, o encolhimento da sigla nas urnas atrapalhou seu desempenho na eleição. Assim que ficou sabendo de sua expulsão, Joice pediu sua desfiliação da legenda. Na nota divulgada pelo PSDB, foi noticiado que Joyce foi alvo de inúmeros pedidos de impugnação desde o anuncio de sua filiação. A escolha de um novo partido deve ser breve, pois Joice Hasselmann já anunciou que pretende disputar a corrida à prefeitura de São Paulo em 2024.
Prisão de Anderson Torres pode derrubar Flávio Dino
A prisão do ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, deve complicar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB). O pedido de prisão de Torres é baseado em suposta omissão sobre os ataques ocorridos em Brasília no último 8 de janeiro. Ocorre que já são robustas as provas de que o ministro Flávio Dino teve acesso a informações e não tomou as medidas que o cargo exige. Inclusive com comunicados da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), responsável pelo pedido que resultou na prisão de Torres, ele tem responsabilidade nos atos por ocupar o cargo de secretário de Segurança e não ter agido para impedi-los. Ao ser aceito pelo ministro Alexandre de Moraes, a ação coloca todos os agentes públicos do setor de segurança pública do Distrito Federal em situação delicada, o que é o caso do ministro Flávio Dino. Chefe da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, ambas instituições com sede na capital federal, Flávio Dino não agiu para impedir os ataques. Antes mesmo da prisão de Anderson Torres, o deputado federal Júnior Amaral (PL) já havia apresentado requerimento à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Federal com pedido de convocação do ministro por omissão nos atos de vandalismo. O senador Marcos do Val (Podemos) também acusa Flávio Dino de ser omisso em relação aos ataques. Documentos revelam que a Abin produziu diversos alertas acerca do risco iminente de ataques a prédios públicos pelos manifestantes que vandalizaram as sedes dos três Poderes. Os alertas foram distribuídos para todos os integrantes do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), rede que une 48 órgãos em 16 ministérios diversos. A informação foi divulgada originalmente pela jornalista Andrea Sadi, da Globo News. O fato é que a aceitação do pedido de prisão de Anderson Torres, sendo justa, ou não, coloca Flávio Dino em situação extremamente delicada. Se um foi omisso, o outro também foi. E, sendo omisso, não podem ocupar cargos no setor. OPINIÃO: Nem Flávio Dino e nem Anderson Torres podem ser responsabilizados de forma a transcender o descuido. O histórico das manifestações bolsonaristas, até poucas semanas atrás, era de movimentos pacíficos. O que aconteceu no dia 8 de janeiro foi um ponto fora da curva, uma eventualidade. E culpar as autoridades por isso, quaisquer uma delas, é um erro. No entanto, se a culpa cai em Torres, também deve recair sobre Flávio Dino. O nome disso é ISONOMIA.
Ataques esquerdistas contra a democracia no Peru já somam 46 mortos
A onda de violência promovida por atos antidemocráticos desencadeados por apoiadores esquerdistas do ex-presidente Pedro Castillo está atingindo níveis críticos no Peru. Até agora já foram contabilizadas 46 mortes pelas autoridades locais. Os manifestantes exigem a libertação de Castillo, que está preso após tentar um golpe, o fechamento do Congresso Nacional e outras reivindicações. Os atos antidemocráticos começaram em dezembro após uma tentativa de golpe frustrada dada pelo ex-presidente Pedro Castillo. Após uma espécie de trégua durante as festividades de fim de ano, a onda de violência voltou com toda a força na última segunda (10). Apenas neste dia, dezessete pessoas morreram em confrontos com policiais na cidade de Juliaca, em Puno. Um bebê recém-nascido estava entre as vítimas após ficar presa em uma estrada bloqueada por manifestantes esquerdistas. Antes da barbaridade da última segunda, oito pessoas haviam sido mortas em confrontos no dia 15 de dezembro. Além do retorno de Castillo, os manifestantes exigem a antecipação das eleições, a dissolução do Congresso, a convocação de uma Assembleia constituinte, a demissão de Boluarte do cargo de vice-presidente e a libertação de Castillo. Em Juliaca, informações dão conta de que 2 mil manifestantes iniciaram um ataque total contra a polícia após a tentativa de tomar o aeroporto da cidade. A maioria das pessoas mortas nos confrontos até agora são jovens que integram a linha de frente dos atos golpistas. O governo teme que a selvageria dos atos antidemocráticos afunde o país em uma guerra civil que eleve, ainda mais, o número de mortos pelas ruas do país.
TV Câmara mostra o rastro de destruição deixado pelos invasores do Congresso
Repórter Lincoln Macário percorre as dependências do Congresso Nacional invadidas no domingo por radicais defensores do golpe de estado.
Roberto Rocha e Lahesio sinalizam para aliança após desentendimento
A primeira semana após o fim da janela partidária marca a reaproximação das duas principais lideranças políticas de direita no Maranhão. Após o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim, sair do PTB acusando o senador Roberto Rocha de golpe, os dois deram declarações que amenizaram a situação. Na semana passada, Lahesio Bonfim afirmou que sua saída do PTB se deu após influência do senador. Rocha minimizou a declaração de Lahesio e afirmou que a saída do ex-prefeito se deu por problemas internos. Em entrevista coletiva na segunda (4), Lahesio mudou o discurso e afirmou que ainda acredita na união com Rocha em uma chapa majoritária. Em entrevista ao Portal Imirante nesta terça (5), Rocha afirmou que pretende compor com lideranças do mesmo campo, citando Lahesio. O senador também evitou críticas a Lahesio. DESAVENÇA E FORÇA O principal motivo da desavença entre Lahesio e Rocha se dá pela intransigência em relação à composição da chapa. Os dois acreditam que o cargo de governador é um direito dos dois. Lahesio por ter lançado-se antes, Rocha por ter mais história na política e proximidade com o presidente Jair Bolsonaro. Nas pesquisas de intenção de voto os dois, somados, assumem a liderança. Ambos já ultrapassaram os dois dígitos. Uma aliança entre os dois e a definição de um como candidato, poderia representar um golpe nas pretensões do ex-governador Flávio Dino em vencer a eleição já no primeiro turno com seu candidato, Carlos Brandão. A aproximação dos dois, no entanto, ainda é vista com desconfiança por observadores. A tendência é que o distanciamento perdure até momentos mais próximos da eleição.
PL empata com União e deve virar maior bancada da Câmara
O PL de Valdemar Costa, atual partido do presidente da República Jair Bolsonaro, empatou com o União Brasil e ambos tem a maior bancada de parlamentares federais com 60 deputados. Com as filiações em massa dos bolsonaristas da Câmara, a expectativa é que o PL lidere a posição ainda nesta semana, haja vista que o próprio União Brasil tem bolsonaristas prestes a fazer a migração, tais como: Carla Zambelli (SP), Eduardo Bolsonaro (SP), Bia Kicis (DF), Aline Sleutjes (SC), Caroline de Toni (SC) e Coronel Armando (SC). Desde o início de março, cerca de 27 deputados federais de diferentes siglas já migraram de partido. Enquanto a sigla que surgiu da fusão entre DEM e PSL perdeu 19 deputados federais, PL do presidente da República Jair Bolsonaro ganhou 18. Confira os parlamentare que migraram na janela partidária, que encerra em 1º de abril: