73% das queimadas no Amazonas ocorrem em áreas federais
BRASIL, 24 de setembro de 2024 – Dos 19.478 focos de calor identificados no Amazonas neste ano, 73% foram localizados em áreas federais (37%), destinadas a assentamentos da reforma agrária (28%), terras indígenas (5%) e unidades de conservação federal (3%). Todas essas áreas, em tese, são de responsabilidade do governo federal, que tem o dever de protegê-las das queimadas, que chegaram a níveis alarmantes em 2024. Os dados foram informados na última quinta-feira (19) pelo secretário de Meio Ambiente do estado, Eduardo Taveira, numa audiência com o ministro Flávio Dino, que conduz no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação para tentar resolver o problema. “Hoje, 73% dos focos de queimadas são em áreas do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] e glebas federais não destinadas”, disse Taveira na reunião. A audiência contou com a presença de representantes de todos os estados que compõem a Amazônia, do governo federal, da Rede e do PT – partidos envolvidos no processo judicial. O dado do Amazonas chamou a atenção de Dino, que mandou a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa o governo federal no caso, se manifestar sobre o problema em até 30 dias.
Julho registra recorde histórico de queimadas no Brasil
AMAZONAS, 1º de agosto de 2024 – O Brasil atingiu um recorde histórico de queimadas em julho, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde o início do monitoramento em 1988, o Pantanal e o cerrado registraram o maior número de focos de incêndio nos últimos 31 dias. Entre janeiro e junho, o Pantanal teve 3.262 focos, um aumento de mais de 22 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. Já na Amazônia, foram detectados 12.696 focos de queimadas, representando um crescimento de 76% em comparação a 2023. O aumento das queimadas em 2024 ocorre após dois anos de queda no desmatamento, segundo a CNN. Especialistas atribuem o crescimento ao impacto da crise climática e à seca severa que afeta a região desde 2023.
Amazonas gastou R$ 1,5 mi em decoração natalina sem licitação
O valor, no entanto, era maior incialmente, chegando a R$ 2 milhões. Mas o governo voltou atrás e na época a Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC), vinculada ao Governo do Amazonas, reviu os valores e informou que os gastos sem licitação seriam de pouco mais de R$ 1,5 milhão. A Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural informou ter dispensado a licitação para a compra da decoração com a justificativa de se “enquadrar em uma lei que não exige o processo em casos de emergência e calamidade pública”. As informações são do G1. Hoje, o sistema de saúde de Manaus enfrenta um verdadeiro caos. Pessoas que contraíram a Covid-19 não têm oxigênio e dependem de ventilação manual para sobreviver. O governo federal já enviou ao Estado e municípios do Amazonas o montante de R$ 8,91 bilhões, sendo R$ 2,36 bilhões apenas para Manaus. Aonde foi parar o dinheiro? Vale lembrar que o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), foi alvo de uma operação do Ministério Público Federal (MPF) que investiga fraudes e desvios na compra de respiradores no Amazonas. De acordo com o MPF, com a participação direta do governador, foram identificadas compras superfaturadas de respiradores, direcionamento na contratação de empresa, lavagem de dinheiro e montagem de processos para encobrir os crimes praticados. No esquema identificado pelo MPF e pela Polícia Federal, o governo do estado comprou, com dispensa de licitação, 28 respiradores de uma importadora de vinhos. Em uma manobra conhecida como triangulação, uma empresa fornecedora de equipamentos de saúde, que já havia firmado contratos com o governo, vendeu respiradores à adega por R$ 2,480 milhões. No mesmo dia, a importadora de vinhos revendeu os equipamentos para o estado por R$ 2,976 milhões. Após receber valores milionários em sua conta, a adega os repassou integralmente à organização de saúde. Registros encontrados pelos investigadores comprovam a ligação entre agentes públicos e empresários envolvidos na fraude. Hoje, quem paga a conta (e com a própria vida) pela irresponsabilidade é a população.