DECISÃO

STF amplia foro privilegiado para políticos investigados

Compartilhe
STF Decisão
Decisão do STF impacta casos como os dos deputados Josimar de Maranhãozinho e Pastor Gil, investigados por corrupção na venda de emendas parlamentares.

BRASÍLIA, 12 de março de 2025 – O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ampliar o foro por prerrogativa de função para deputados federais e senadores. Por 7 votos a 4, a Corte estabeleceu que processos contra políticos poderão permanecer no STF mesmo após o fim do mandato.

A decisão foi tomada nesta terça (11), e determina que o foro privilegiado se mantém caso o crime tenha sido cometido durante o exercício do mandato parlamentar. Assim, mesmo em casos de renúncia, não reeleição ou cassação, a ação continuará sob jurisdição do STF.

O julgamento virtual contou com os votos favoráveis dos ministros Gilmar Mendes, relator do caso, além de Dias Toffoli, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Nunes Marques. Já os ministros André Mendonça, Edson Fachin, Cármen Lúcia e Luiz Fux votaram contra a ampliação do foro.

O caso foi motivado por um habeas corpus apresentado pela defesa do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). Ele é investigado por suposto envolvimento em um esquema de “rachadinha”, no qual teria exigido parte dos salários de assessores quando era deputado federal em 2013.

EFEITOS DA DECISÃO PARA PARLAMENTARES

Com a nova interpretação do STF, políticos que renunciarem ao cargo ou não forem reeleitos continuarão respondendo a processos na Corte. Antes, a perda do mandato resultava na transferência das ações para instâncias inferiores.

A decisão impacta diretamente casos como os dos deputados maranhenses Josimar de Maranhãozinho e Pastor Gil, investigados por corrupção na venda de emendas parlamentares. Mesmo que renunciem, ambos permanecerão sob julgamento do STF, sem possibilidade de transferência para a Justiça Federal no Maranhão.

Com isso, a renúncia como estratégia para alterar o foro deixa de ser uma opção para parlamentares investigados. A nova decisão mantém os processos no STF independentemente de mudanças no cargo ocupado pelo político no momento da investigação.

Compartilhe
0 0 votos
Classificação da notícias
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.

0
Adoraria saber sua opinião, comente.x