
MARANHÃO, 13 de junho de 2025 – O número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil é o mais alto dos últimos dois anos, segundo o boletim InfoGripe, divulgado nesta quarta (12) pela Fiocruz.
Nas últimas quatro semanas, os registros quase dobraram em comparação ao mesmo período de 2023, com alta de 91%, concentrada principalmente nas regiões centro-sul. Influenza A e Vírus Sincicial Respiratório (VSR) respondem pela maioria das hospitalizações.
A análise, referente à Semana Epidemiológica 23 (1º a 7 de junho), indica que apenas Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Distrito Federal apresentam sinais de desaceleração no crescimento de casos. No entanto, as taxas de internação por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nessas localidades permanecem elevadas.
Entre os casos confirmados, 40% foram causados por influenza A, enquanto o VSR predominou em 45,5% das ocorrências.
A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, destaca que a influenza A afeta todas as faixas etárias, mas impacta principalmente idosos. Já o VSR é a principal causa de hospitalizações em crianças.
Ela reforça a importância da vacinação contra gripe para reduzir casos graves e mortes. Além disso, recomenda o uso de máscaras em ambientes fechados ao apresentar sintomas respiratórios.
Embora o VSR continue em ascensão na maior parte do país, há indícios de queda em áreas do Centro-Oeste (Distrito Federal e Goiás), Sudeste (São Paulo e Espírito Santo) e Norte (Acre).
Entre os óbitos, 75,4% estão associados à influenza A, enquanto o VSR responde por 12,5% dos casos fatais. Capitais como Aracaju, Belo Horizonte e Rio de Janeiro registram aumento de hospitalizações entre idosos, jovens e adultos.