O ex-juiz Carlos Madeira não possui nenhuma experiência política ou administrativa. Tem uma longa carreira no Judiciário Federal. Apesar disso, durante a coletiva ontem, comportou-se como uma espécie de messias que desceu dos céus para salvar São Luís das forças do mal.
Não aceita ser vice e se, caso saia derrotado, abandona a vida pública e retoma sua carreira jurídica.
A arrogância que este tipo de declaração carrega é algo evidente até aos mais desligados. Que tipo de carreira política é essa que se inicia aceitando a apenas a vitória como resultado aceitável? O que esperar de uma pessoa dessas caso seja eleita? Se não tiver suas vontades satisfeitas, como quando era juiz federal, vai renunciar ao cargo e deixar o povo na mão?
O fato é que a jactância com que tratou a si mesmo ontem diz muito sobre o tipo de candidato que Madeira pretende ser. E a tal independência que foi usada como estandarte durante toda a coletiva não resistiu a alguns minutos. Terminada a coletiva em que disse que não era candidato de Flávio Dino e se colocava como via independente, Madeira correu para o Palácio dos Leões para beijar as mãos do governador.
Festejar a entrada de um tipo tão arrogante na política é optar pela anti-política. Madeira, por sua história, não tem pompa para ocupar o espaço que reclama para si mesmo. Deveria recolher-se ao que é: um calouro. E não há nada mais patético do que um calouro que se acha melhor do que todo mundo.
Carlos Madeira é uma fraude enquanto político e, desde ontem, passou a ser uma fraude como pré-candidato.
Uma resposta
Você é exagerado e parcial. Assisti a entrevista online e não vi isso. Pelo contrário. Ele foi humilde ao dizer que está no pelotão de trás e que tem muito a aprender. Tratou, vocês jornalistas, com respeito; coisa que de cara se vê não acontece na contramão