BRASIL

Recuperações judiciais aumentaram quase 70% em 2023

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Empresas falência
“Tempestade perfeita” fez recuperações judiciais saltarem 70% no ano anterior, considerado o pior desde a pandemia.

BRASIL, 21 de fevereiro de 2024 – As recuperações judiciais aumentaram quase 70% no ano passado, atingindo 1.405 pedidos, o maior número desde 2020 e o quarto da série histórica da Serasa Experian, iniciada em 2005.

O principal responsável foi uma “tempestade perfeita” que se formou a partir de 2020, com a pandemia da Covid-19, que resultou em empresas com problemas de caixa.

Mesmo com a disponibilidade de crédito, as empresas foram impactadas com a alta da inflação em 2021 e 2022 e, na sequência, dos juros, justamente no momento em que elas tinham de renegociar a dívida ou pagar maiores parcelas da dívida contraída.

O cenário levou ao forte crescimento da inadimplência, que teve seu pico na segunda metade do ano passado. Mais de 72 milhões de pessoas físicas e 6,5 milhões de empresas estavam com restrições ao crédito, segundo dados da Serasa Experian.

Isto funcionou como motor para o forte crescimento das recuperações judiciais. “O ano passado foi marcado por um recorde de pessoas e empresas com restrições de crédito, contribuindo significativamente para o problema”, diz Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.

Proporção de empresas em recuperação judicial cresce

Levantamento feito pela consultoria RGF Associados aponta que no fim do ano passado havia 4.045 empresas ativas de pequeno, médio e grande porte em recuperação, o equivalente a 1,85 em cada mil empresas ativas. No fim do terceiro trimestre essa proporção era menor: 1,79 por mil.

A alta ocorreu em quase todas as regiões do país. A exceção foi o Centro-Oeste, onde o índice caiu de 3,04 para 2,88 empresas em recuperação judicial a cada mil ativas. Mesmo assim, a região continua tendo o maior índice do país.

Os segmentos com maior número proporcional de empresas em recuperação judicial, no 4.º trimestre do ano passado, eram o de cultivo de cana-de-açúcar (29,8 por mil); construção de rodovias e ferrovias (15,3); fabricação de laticínios (14,6); transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal (13,9) e fabricação de máquinas e equipamentos para agricultura e pecuária, exceto irrigação (11,6).

Dados da RGF apontam que as unidades da federação com maior número proporcional de empresas em recuperação judicial são Goiás (4,99 por mil); Alagoas (4,56); Pernambuco (4,04); Sergipe (3,46) e Rio Grande do Norte (3,40).

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