
MARANHÃO, 19 de março de 2025 – As queimadas ilegais intensificam a degradação ambiental na Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, destruindo cerca de 70% da área em 2024 e agravando a crise hídrica que afeta comunidades locais.
A destruição florestal compromete a biodiversidade e reduz a disponibilidade de água, prejudicando os povos indígenas que dependem dos recursos naturais. O principal fator dos incêndios é a queimada para renovação de pastagens, estimulada pela pecuária irregular no território.
Para conter os danos, o Governo Federal conduz a Operação de Desintrusão da Terra Indígena Araribóia, coordenada pela Casa Civil e pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI).
A ação envolve mais de 20 órgãos federais, incluindo a Funai, com o objetivo de remover invasores e coibir atividades ilegais como desmatamento e pecuária clandestina.
Os incêndios florestais aceleram a seca da região, pois a remoção da vegetação compromete a infiltração da chuva no solo, reduzindo a disponibilidade de água.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam um aumento de 80% nas queimadas em terras indígenas no Brasil entre janeiro e agosto de 2024, sendo Araribóia uma das mais afetadas.
Homologada em 1990, a terra é lar dos povos Awá e Guajajara, que somam cerca de 10,3 mil indígenas distribuídos em 150 aldeias.