BRASÍLIA, 1º de março de 2024 – Segundo o IBGE, quase metade da população maranhense, correspondendo a 48,3%, ainda depende de fossas rudimentares ou buracos como meio de esgotamento sanitário.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicam que 984.598 mil domicílios, abrigando 3.264.969 pessoas, estão nessa situação.
O município de Governador Luiz Rocha se destaca como o de maior prevalência desse método, atingindo cerca de 94,38%.
O tecnologista do IBGE, José Reinaldo Barros, destacou a necessidade de enfrentar esse problema, propondo a substituição das fossas rudimentares por sistemas mais adequados, como fossas sépticas ou de filtro.
Essa mudança é considerada essencial para avançar nas condições sanitárias e superar os desafios evidenciados pelos dados do censo.
O Censo de 2022 também abordou outras facetas relacionadas à habitação no Maranhão. No que diz respeito ao tipo de domicílio, a maioria (95,1%) é classificada como “Casa”, seguida por “Apartamento” (3,1%) e “Casa de vila ou em condomínio” (1,5%).
Quanto ao abastecimento de água, 65,3% dos domicílios são atendidos pela rede geral de distribuição, enquanto 22,4% dependem de “Poço Artesiano”, 9% de “Poço raso, freático ou cacimba”, e 0,8% de “Carro pipa”.
A situação piora na canalização da água, com o Maranhão apresentando a segunda menor proporção de pessoas atendidas por canalização interna (80,7%), ficando atrás apenas do Acre (80,5%).
Em relação à existência de banheiros e sanitários, o Maranhão se encontra na penúltima posição, com 85,69% das pessoas tendo banheiro exclusivo no domicílio. Notavelmente, 3,8% da população maranhense não possui banheiro ou sanitário.
Cachoeira Grande se destaca negativamente, com 44,8% da população utilizando sanitário ou buraco.
No quesito destino do lixo, observa-se uma melhoria, com a proporção da população atendida pela coleta de lixo aumentando de 53,5% para 69,8% entre 2010 e 2022.