
BRASÍLIA, 06 de maio de 2025 – A proposta de ampliar o número de deputados federais de 513 para 527, defendida pelo presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB), geraria um custo adicional de R$ 46,2 milhões por ano.
Os dados constam em estudo para aumentar quantidade de deputados realizado por economistas do Instituto Millenium, divulgado esta semana. A mudança visa ajustar a representação dos estados conforme o Censo 2022.
O estudo comparou dois modelos: um apenas redistribuindo as atuais 513 cadeiras entre os estados, com custo adicional de R$ 211 mil anuais, e outro criando 14 novas vagas. Neste último, o gasto anual da Câmara saltaria para R$ 1,7 bilhão. Cada deputado custa R$ 3,28 milhões por ano, incluindo salários, verbas e benefícios.
Desde 1994, o Congresso não atualiza a divisão de cadeiras, gerando desequilíbrio. O Censo mostrou que sete estados ganhariam representantes, enquanto Rio de Janeiro perderia quatro vagas, e Rio Grande do Sul, Bahia, Piauí, Paraíba, Pernambuco e Alagoas teriam reduções.
A proposta de Motta preserva as vagas dos estados prejudicados e acrescenta novas.
O STF determinou que o Congresso defina a nova distribuição até junho de 2025. Caso não haja consenso, o TSE poderá intervir via resolução. O tema enfrenta resistência de bancadas estaduais, que temem perder influência.