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Enquanto o governo Lula providencia o financiamento de gasodutos na Argentina via BNDES, a Petrobras atingiu recorde de reinjeção de gás natural em suas reservas. Acontece que, por falta de uma rede de gasodutos que possibilite o escoamento da produção no Brasil, a empresa brasileira é obrigada a retirar o gás de seus poços e devolvê-lo.
Segundo números da segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), foram cerca de 25 bilhões de m3 (metros cúbicos) reinjetados – o que representa 50% da produção anual.
Segundo a própria Petrobras, este é o maior programa de reinjeção do planeta.
Cerca de 85% do gás natural produzido no Brasil acontece em reservas que também produzem petróleo. Para produzir óleo, as empresas têm que extrair gás natural. Restam às petroleiras duas opções: comercializar o gás ou reinjetá-lo. Por falta de gasodutos, a empresa é obrigada a perder a possibilidade de comercializar o produto.
Caso os investimentos em gasoduto fossem realizados, seria possível aumentar a oferta de gás natural em até 10 milhões de m3 por dia. O que iria diminuir consideravelmente o preço do gás de cozinha no país.