
BRASÍLIA, 20 de maio de 2025 – O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, manifestou-se ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, contra a soltura do general Walter Braga Netto, preso desde dezembro por suposta participação em atos golpistas.
Em documento apresentado na sexta (16), a PGR sustenta que o militar representa risco ao processo, que investiga tentativas de impedir a posse do presidente Lula e interferência na delação do tenente-coronel Mauro Cid.
Segundo a denúncia, Braga Netto teria mobilizado militares para apoiar o plano golpista e atuado para obstruir a transição de governo. Gonet destacou a “gravidade concreta dos delitos” e os “perigos de obstáculo à instrução criminal” como justificativas para manter a prisão.
A defesa do general nega as acusações, ressaltando seus 42 anos de serviço no Exército e afirmando que ele não participou da elaboração de documentos antidemocráticos.
A decisão final caberá ao ministro Alexandre de Moraes. Se o pedido de soltura for negado, a defesa ainda poderá recorrer à 1ª Turma do STF.