RIO DE JANEIRO, 11 de março de 2023 – Durante uma palestra realizada na Petrobras em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres, a professora Marcia Tiburi abordou questões éticas relacionadas a gênero no teatro Edisen, no Rio.
O evento, restrito a servidores da estatal, tinha como objetivo orientar os funcionários sobre como se posicionar nos dias atuais.
Segundo informações, o evento tratou de temas como gênero, binariedade, heteronormatividade, identidade de gênero (trans, etc.) e “heterossexualidade compulsória”. A palestrante questionou a dualidade tradicional de homem e mulher, sugerindo que essa concepção está ultrapassada.
Marcia abordou conceitos como pessoas trans e não binárias, destacando a importância de linguagem neutra para quem não se identifica com os padrões tradicionais. A professora ressaltou a viabilidade desse dialeto como uma forma de escapar da “heteronormatividade”.
Em um momento da palestra, Marcia introduziu uma “Escala F”, classificando elementos associados ao fascismo. Ela destacou a suposta preocupação dos fascistas com a sexualidade alheia e sua intolerância àqueles que não se encaixam na heteronormatividade.
A palestrante também abordou o machismo, explorando aspectos histórico-geográficos para justificar a suposta opressão feminina na sociedade. Marcia resgatou concepções antigas que consideravam as mulheres como “o outro”, enfatizando a visão de que o homem era o sujeito hegemônico.
Ao trazer à tona teorias que classificam a mulher como um “erro” ou uma “fraqueza da natureza”, a professora mencionou casos específicos, como a referência ao ex-presidente Jair Bolsonaro chamando sua filha de resultado de uma “fraquejada”.
A Petrobras, ao ser questionada sobre o cachê de Marcia Tiburi, informou que a contratação ocorreu conforme os padrões da empresa, sem divulgar valores.