
BRASÍLIA, 25 de abril de 2025 – O líder do União Brasil na Câmara, deputado Pedro Lucas (MA), traçou nesta semana os limites de seu apoio ao governo Lula: trabalhará pela aprovação de projetos do Planalto no Congresso, mas evita qualquer compromisso com a eventual reeleição do petista em 2026.
A declaração ocorre duas semanas após o parlamentar maranhense recusar o convite para assumir o Ministério das Comunicações – cargo que acabou nas mãos de Frederico Siqueira Filho.
Em entrevista ao GLOBO, o deputado adotou um discurso de “apoio crítico”. “O União Brasil é plural. Respeito quem pensa diferente, mas ajudarei o governo de forma transparente onde for possível”, afirmou, acrescentando que “2026 se discute em 2026”.
O próprio Pedro Lucas admitiu que inicialmente aceitara o convite ministerial, mas recuou diante da guerra interna pela liderança da bancada – vaga que seria aberta com sua saída. “Houve disputa até o último minuto”, confessou.
A vacância no comando do União Brasil na Câmara permanece um ponto sensível, especialmente com a iminente federação com o PP, cuja presidência será exercida por Antonio Rueda até dezembro de 2026.
O arranjo, que deve ser oficializado na próxima semana, enfrenta resistência de Arthur Lira (PP-AL), interessado em comandar a nova força partidária.
Enquanto isso, o novo ministro Frederico Siqueira busca aproximação com a bancada – que sequer foi consultada sobre sua indicação, conduzida a portas fechadas pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).