BRASÍLIA, 14 de agosto de 2024 – O Partido Novo apresentou, na noite de terça (13), uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação acusa o ministro de suposta “falsidade ideológica” e “associação criminosa”. O partido Novo alega que tais atos teriam sido cometidos no contexto de investigações envolvendo a Justiça Eleitoral.
A denúncia inclui também o juiz auxiliar Airton Vieira e Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da assessoria de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo informações da reportagem da Folha de S.Paulo, Vieira teria solicitado a Tagliaferro a produção de relatórios sobre publicações feitas pelo jornalista Paulo Figueiredo e pelo também jornalista Rodrigo Constantino.
ACUSAÇÕES DETALHADAS
De acordo com a denúncia apresentada pelo partido, as comunicações entre os envolvidos teriam ocorrido através de mensagens no aplicativo WhatsApp, o que caracteriza, segundo o documento, um “modus operandi ilegal e ilegítimo”.
O partido Novo sustenta que as ordens para alterar os relatórios vinham diretamente do ministro Moraes, com o objetivo de fortalecer as provas usadas em decisões judiciais.
Eduardo Ribeiro, presidente do Novo, afirmou em suas redes sociais que o partido espera que o Senado Federal cumpra seu papel constitucional e abra um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes, além dos demais envolvidos.
COLETIVA DE SENADOR DO NOVO
Além da ação na PGR, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) convocou uma coletiva de imprensa nesta quarta (14), às 15h, no Senado Federal, em Brasília.
O evento, que contará com a presença de senadores da oposição e deputados do Novo, marcará o lançamento de uma campanha nacional para a abertura de um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes, previsto para ser formalizado no dia 9 de setembro.