
BRASÍLIA, 24 de junho de 2025 – A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) está sob investigação após a oposição acionar o Ministério Público Federal (MPF) e o Conselho de Ética da Câmara nesta terça (24).
As denúncias questionam a contratação de dois maquiadores para cargos comissionados em seu gabinete, com suspeita de desvio de finalidade. As informações foram publicadas pelo portal Metrópoles.
No MPF, os parlamentares pedem a abertura de um inquérito para apurar possível improbidade administrativa, incluindo a devolução de valores pagos aos cofres públicos. No Conselho de Ética, a representação alega quebra de decoro, o que pode levar a sanções como advertência ou até perda de mandato.
Os maquiadores Ronaldo Hass e Índy Montiel foram contratados como secretários parlamentares, com salários de R$ 9,6 mil e R$ 2,1 mil, respectivamente.
O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), autor da denúncia, afirma que não há evidências de que os funcionários exerçam atividades compatíveis com o cargo.
Ele cita publicações nas redes sociais dos contratados, que mostram atuação como maquiadores pessoais da deputada em eventos oficiais e particulares. Além disso, o texto alega violação do artigo 37 da Constituição, que estabelece princípios como impessoalidade e moralidade na administração pública.
O Conselho de Ética deve analisar pedidos de diligências, como a solicitação de folhas de frequência e relatórios de atividades dos servidores. Caso as denúncias sejam aceitas, Erika Hilton poderá enfrentar um processo disciplinar, com direito a defesa.
Até o momento, a deputada não se pronunciou sobre o caso.