
BRASÍLIA, 7 de outubro de 2025 – A ação popular que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) pretende protocolar busca anular a nomeação de Inácio Cavalcante Melo, atual presidente do Serviço Geológico do Brasil (SGB), vinculado ao Ministério de Minas e Energia.
Nikolas afirma haver indícios de lesão ao patrimônio público e violação ao princípio da moralidade administrativa, após a divulgação de notas fiscais que apontam despesas com hospedagens e alimentação custeadas pela estatal.
GASTOS SOB SUSPEITA
Segundo os documentos obtidos, filhos de Melo hospedaram-se em hotéis de Florianópolis (SC) e Maceió (AL), com custos pagos pelo SGB. Em Santa Catarina, uma nota fiscal registrou o valor de R$ 3.758,68 referentes à diária de uma suíte executiva e taxas adicionais.
Já em Alagoas, no Hotel Brisa Suítes, as despesas somaram R$ 4.665 para três pessoas — o presidente da estatal e seus dois filhos.
Entre os itens consumidos constavam camarão flambado, brownies de chocolate, hambúrgueres, batata frita, sucos, refrigerantes, energéticos, pudim e chocolate. O episódio motivou o deputado a acionar a Justiça pedindo a exoneração imediata do dirigente, que foi indicado ao cargo por sua então esposa, a senadora Eliziane Gama (PSD).
ESTATAL NEGA IRREGULARIDADES
Em nota, o Serviço Geológico do Brasil afirmou que as notas fiscais foram emitidas equivocadamente em nome de terceiros. A estatal declarou ainda que tentou corrigir os documentos, mas não conseguiu devido ao tempo decorrido. Por essa razão, o diretor-presidente recolheu os valores aos cofres públicos, segundo informou o órgão.







