ESTREITO, 27 de setembro de 2024 – O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com uma ação de investigação judicial nesta quinta (26) contra Léo Cunha, prefeito de Estreito e candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL).
A acusação é de abuso de poder político e econômico durante o período eleitoral. Se confirmada, a ação pode resultar na inelegibilidade de Cunha por oito anos e na cassação de seu mandato, caso ele seja reeleito.
A denúncia, assinada pelo promotor eleitoral Paulo Roberto Castilho, também pede a cassação do registro de candidatura de Léo Cunha. Entre os fatos citados, está a Cavalgada de Estreito 2024, evento promovido pela Prefeitura Municipal durante o período eleitoral.
O Ministério Público acusa o prefeito de usar o evento para se autopromover, com falas da primeira-dama que exaltaram sua gestão e geraram críticas dos adversários políticos.
Segundo o MPE, Cunha teria se aproveitado de sua posição como prefeito para realizar campanha eleitoral, infringindo as regras eleitorais.
A promoção pessoal durante grandes eventos custeados com recursos municipais é vista pelo órgão como uma tentativa de influenciar o eleitorado de forma ilícita, desequilibrando a disputa eleitoral.
O promotor argumenta que ações como essa criam uma vantagem indevida em relação aos concorrentes que não dispõem do mesmo acesso à máquina pública.
Caso a ação seja acatada, Cunha poderá ficar fora do cenário político até 2032.
PROCESSO_-0600359-21.2024.6.10.0082-ACAO-DE-INVESTIGACAO-JUDICIAL-ELEITORAL-0600359-21.2024.6.10.0082