PINHEIRO, 26 de novembro de 2024 – A cidade de Pinheiro, maior município da Baixada Maranhense, enfrenta mais um colapso na saúde pública.
Médicos do Hospital Regional Antenor Abreu, Hospital Municipal Materno Infantil e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) suspenderam suas atividades na última segunda (25), após o descumprimento de acordos salariais pela gestão do prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio (PDT).
Em nota, a categoria informou ao Ministério Público Estadual os problemas recorrentes de atraso salarial enfrentados em 2024.
Segundo os médicos, a administração municipal não cumpriu o acordo de pagamento, definido em reunião mediada pela promotora Dra. Samira, o secretário de Saúde Fred Lobato e o procurador do município, Dr. Tibério Martins. O pagamento referente a outubro, prometido até 20 de novembro, não foi realizado, levando à paralisação.
Na nota, os profissionais destacaram:
“Compreendemos o impacto que essa situação poderá gerar sobre os pacientes e a comunidade. Contudo, a falta de pagamento inviabiliza a continuidade dos serviços médicos.”
Além dos médicos, profissionais da enfermagem também ameaçam paralisar por falta de adequação ao Piso Nacional. Outros setores, como limpeza pública, enfrentam salários atrasados e podem aderir ao movimento.
Professores municipais seguem em manifestações, cobrando o cumprimento de um acordo judicial para pagamento dos precatórios do Fundef.
Luciano Genésio, derrotado nas eleições de outubro, encerra sua gestão com altos índices de rejeição, que alcançam 84,6%. Seu candidato, Kaio Hortegal (PP), ficou em terceiro lugar na disputa, vencida pelo empresário André da RalpNet (Podemos).