
MARANHÃO, 23 de abril de 2025 – Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) revelam que o Maranhão respondeu sozinho por 21,6% dos conflitos por terra no país, com 363 casos registrados – quase superando Pará (234) e Bahia (135) juntos.
Se em outros rankings o Maranhão luta para aparecer, no de contaminação por agrotóxicos o estado não deixa dúvidas: 228 dos 276 casos nacionais (83,5%) ocorreram em solo maranhense. Um desempenho tão expressivo que supera a média anual de 24,3 registrada entre 2015 e 2023.
O relatório aponta 272 ameaças de morte em 2024 – recorde da década. Enquanto assassinatos caíram para 13 casos, o Maranhão mantém sua tradição de protagonismo nos conflitos rurais, com fazendeiros responsáveis por 46% dos homicídios.
Em quatro desses casos, policiais apareceram como executores ou cúmplices.