
BUENOS AIRES, 03 de julho de 2025 – O presidente Lula assumiu oficialmente nesta quinta (3) a presidência rotativa do Mercosul durante cerimônia em Buenos Aires, recebido pelo argentino Javier Milei.
Seu mandato à frente do bloco durará seis meses, com prioridade na conclusão do acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia – negociação que se estende há mais de duas décadas.
Em seu discurso, Lula fez alusão a tensões comerciais globais sem citar nominalmente o presidente americano Donald Trump. Defendeu o Mercosul como zona de estabilidade, afirmando que a tarifa externa comum protege os países-membros contra “guerras comerciais alheias”.
“Quando o mundo se mostra instável e ameaçador, é natural buscar refúgio onde nos sentimos seguros […] Para o Brasil, o Mercosul é esse lugar. […] Nossa tarifa externa comum nos blinda contra guerras comerciais alheias.”
O bloco completa 30 anos em 2025 com Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai como membros plenos, enquanto a Bolívia finaliza processo de adesão. Na oportunidade, Lula alegou que buscará ampliar parcerias com Canadá, Emirados Árabes Unidos e nações asiáticas, além de modernizar acordos com Colômbia e Equador.
O principal obstáculo imediato segue sendo o tratado com a UE, onde a resistência francesa exige ajustes ambientais.
O presidente brasileiro fez apelo simbólico para que o francês Emmanuel Macron “abra o coração” às negociações.