PARÁ, 23 de fevereiro de 2024 – No último mês de setembro, o presidente Lula (PT) anulou o programa ‘Abrace o Marajó’, uma iniciativa do governo Jair Bolsonaro (PL) que visava combater a exploração sexual infantil no arquipélago de Marajó, no Pará, habitado por meio milhão de pessoas.
Antes da conclusão oficial do ‘Abrace o Marajó’, em maio do mesmo ano, o governo federal introduziu o programa ‘Cidadania Marajó’, como substituto, liderado pela ex-ministra Damares Alves.
Segundo o Planalto, essa ação foi motivada por denúncias identificadas pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados.
A justificativa para a revogação do ‘Abrace o Marajó’ baseou-se na acusação de que a iniciativa estava sendo utilizada “para a exploração de riquezas naturais e para atender a interesses estrangeiros, sem benefício ou participação social da população local”.
Por outro lado, o ‘Abrace o Marajó’ havia ganhado notoriedade com a promessa de “melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios que compõem o Arquipélago de Marajó”.
O investimento inicial anunciado pelo governo Bolsonaro era de R$ 4 bilhões, abrangendo ações de 16 ministérios, com foco em áreas como desenvolvimento social, infraestrutura, desenvolvimento produtivo e institucional.
No entanto, o governo Lula argumentou que os indicadores não refletiram resultados positivos na região.
Como resposta, o ‘Cidadania Marajó’ foi introduzido com a proposta de “garantir direitos à população e enfrentar a violência sexual contra crianças e adolescentes”.
O programa enfatizou a participação social e o diálogo constante com a sociedade civil, comunidades locais e outros entes do poder público.