De forma trágica e melancólica a youtuber Karol Eller entrou para a história como um dos grandes símbolos do vitimismo que tanto denunciou. Na semana passada Eller ganhou o noticiário ao denunciar uma agressão motivada, segundo ela, por homofobia. Versão que foi desmentida posteriormente.
O vitimismo do qual Karol Eller combatia em seus vídeos versava sobre uma predisposição de alguns homossexuais. Os “vitimistas” tendem a creditar tudo o que de ruim lhes acontecesse a preconceito contra homossexuais. Foi demitido? Homofobia do patrão. Perdeu o ônibus? Homofobia do motorista. Pegou chuva? Homofobia da mulher do tempo. Ficou reprovado no vestibular? Sistema educacional homofóbico e excludente. Demorou a ser atendido no restaurante? Homofobia do garçom. Tomou porrada após provocar alguém? Crime de homofobia!
Crítica ao vitimismo e negação da homofobia só são a mesma coisa na cabeça de pessoas intelectualmente desonestas. Não achar que toda a sociedade brasileira prega o extermínio de homossexuais e que cada ação contra um homossexual é motivada por preconceito é muito diferente da aceitação que existem pessoas preconceituosas no país que, por ignorância, não aceitam a sexualidade alheia e estão dispostas a prejudicar homossexuais de forma deliberada.
A luta pelo preconceito tem como objetivo final agregar todos na sociedade para uma convivência pacífica e respeitosa. O vitimismo cultiva o ressentimento de determinado grupo contra a sociedade visando sua segregação com vistas ao aparelhamento político.
Um homossexual revoltado que vê na sociedade um inimigo eterno é muito mais útil politicamente do que um homossexual que pretende apenas viver sua vida ao invés sem que ninguém lhe encha o saco.
Testemunhos e vídeos sobre o caso envolvendo Karol Eller deixam claro que ela provocou toda a confusão. Foi agredida porque, antes de tudo, agrediu e desrespeitou. Encurralada por suas próprias ações, decidiu apelar para a saída dos vitimistas: acusou crime de homofobia onde ele não existia. Mentiu!
Karol Eller ganhou notoriedade ao denunciar o vitimismo fundamentado em falsidade. Quem diria que um dia, de forma tão melancólica e trágica, ela iria se tornar o grande exemplo de como é inescrupulosa a falsidade que tanto denunciou.
De positivo nessa história, ficam apenas as reações de uns e de outros sobre ocaso. Por nunca imaginar que Karol Eller iria mentir sobre isso, alguns setores tidos como homofóbicos repudiaram veemente aquilo que parecia, mas não era, ser homofobia. Já os “progressistas” encararam o ataque homofóbico como uma punição a quem, na cabeça doentia deles, negava a homofobia.